O presidente Jair Bolsonaro enviou nesta sexta-feira (17/7) ao Congresso Nacional um projeto de lei para abrir crédito suplementar no valor de R$ 615,9 milhões destinado aos ministérios da Defesa, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Só para a Defesa, o valor é de R$ 410 milhões para ações das Forças Armadas na Amazônia Legal, por meio da Operação Verde Brasil 2.
O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia foi prorrogado na semana passada, quando acabaria, para até 6 de novembro deste ano. O restante do valor solicitado como crédito suplementar ficará R$ 10,2 milhões para o Mapa, para um convênio com a prefeitura de Bananeiras, na Paraíba, para desenvolver a política nacional pesqueira e aquícola, e 197,7 para o MJSP. No caso deste último, a quantia será destinada para o Fundo Penitenciário Nacional e o Fundo Nacional de Segurança Pública.
Na última quinta-feira (16), o governo publicou um decreto que proíbe queimadas por 120 dias na região da Amazônia Legal (que abrange nove estados) e Pantanal, inclusive as ações controladas. A ação, assim como a manutenção das Forças Armadas na Amazônia, é uma resposta do governo federal às cobranças de empresários do Brasil e do exterior, assim como investidores, com o aumento do desmatamento e queimadas no país.
A porta-voz de Políticas Públicas do Greenpeace, Luiza Lima, já disse em entrevista ao Correio que o governo tenta melhorar a imagem do país, mas sem apresentar medidas concretas ou sem mudar de fato a política atual. “Única coisa concreta a curto prazo é estender a GLO, operação que já se comprovou ineficaz e muito cara”, afirmou.
Fonte: Correio Braziliense
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