“Portanto, a estratégia para a COP30 e além deve contemplar a construção de uma infraestrutura que permita à Amazônia prosperar economicamente de forma sustentável, garantindo sua preservação e contribuindo para o bem-estar de suas comunidades e do mundo.”
Por Alfredo Lopes
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A hora de abraçar a Amazônia é agora. O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está tomando medidas significativas para preparar a COP30, que ocorrerá em Belém, no Pará, em novembro de 2025. Uma dessas medidas é a criação de uma secretaria extraordinária, que vai coordenar a organização do evento, gerenciar contratos e convênios, e articular políticas públicas relacionadas. Esta secretaria, vinculada à Casa Civil, contará com pessoal do Ministério de Gestão Inovação e permanecerá ativa até junho de 2026.
Inovação visionária
Uma indicação de que as iniciativas terão caráter eminentemente inovador e visionário é o fato de Valter Correia da Silva, jornalista e diretor na Dataprev, ser o líder dessa nova estrutura, destacando o compromisso do governo com uma gestão eficiente e especializada.
Chegando perto
A escolha de Belém como sede reafirma a importância da Amazônia para o debate global sobre mudanças climáticas, proporcionando uma oportunidade única para destacar as iniciativas de preservação e os desafios enfrentados pelos estados da região, especialmente aqueles com altas taxas de desmatamento. O governo planeja superar as dificuldades de infraestrutura logística em Belém, aumentando a capacidade hoteleira e considerando opções como o retrofit de hotéis existentes e o uso de aluguéis de imóveis privados.
Floresta em pé
Esta preparação para a COP não é apenas uma questão de logística, mas também uma oportunidade estratégica para o Brasil mostrar ao mundo seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental. Projetos e políticas que serão discutidos e apresentados na conferência podem catalisar o desenvolvimento socioeconômico da região amazônica de maneira sustentável, priorizando a manutenção da floresta em pé e buscando soluções permanentes para os desafios ambientais.
Gestão da Amazônia
A proteção da floresta, uma tarefa urgente e necessária, passa por integrar a preservação ambiental com o desenvolvimento econômico. Isso significa reconhecer que a melhor maneira de proteger um bem natural é conferindo-lhe uma finalidade econômica sustentável. Para isso, é preciso uma infraestrutura adequada às peculiaridades geofísicas e geopolíticas da região, incluindo sistemas de transporte, comunicação e energia eficientes e ambientalmente responsáveis.
Competição desigual
Essa abordagem não só garante a proteção efetiva da floresta amazônica mas também se antecipa a possíveis desafios. Deixar a floresta sem os necessários mecanismos de proteção pode, paradoxalmente, facilitar atividades criminosas como desmatamento, queimadas, e atos de organizações vinculadas ao narcotráfico. Essas atividades ilegais promovem uma economia sombria, que não gera empregos dignos nem contribui com impostos para que o setor público possa cuidar adequadamente da região.
Portanto, a estratégia para a COP30 e além deve contemplar a construção de uma infraestrutura que permita à região prosperar economicamente de forma sustentável, garantindo sua preservação e contribuindo para o bem-estar de suas comunidades e do mundo.
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