Não obstante todos esses problemas climáticos, é imprescindível que não nos descuidemos de continuar insistindo na implementação de uma política industrial forte, que nos dê condições de desenvolvimento em bases mais modernas. Com esse pensamento, a CNI, junto de federações e associações industriais entregaram a Declaração pelo Desenvolvimento da Indústria e do Brasil a ministros do governo.
Por Antônio Silva
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Os problemas causados pelas mudanças climáticas em todo o planeta é uma preocupação de lideranças políticas conscientes, de cientistas que estudam os fenômenos provocados pelos transtornos do clima e das empresas brasileiras.
Os recentes estragos causados pelas enchentes no sul do país, com maior incidência no estado do Rio Grande do Sul, nos mostram o quanto é importante a prevenção planejada, o que infelizmente não ocorreu.
Aqui, na Amazônia Ocidental, estamos ameaçados por uma seca que este ano poderá ser tão grave ou superior a que ocorreu em 2023. Prevenir é sempre melhor do que remediar, por isso não nos cansamos de alertar para as consequências inevitáveis, com graves prejuízos para todos nós que aqui vivemos, se não forem tomadas as devidas ações que minimizem os possíveis efeitos da baixa acentuada dos níveis dos nossos rios, que dificultam os deslocamentos da população ribeirinha, do transporte de mercadorias, matéria prima, alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais.
Essa preocupação não é somente dos setores econômicos produtivos, mas de todos os segmentos da sociedade, porque no final das contas quem arcará com o maior prejuízo, se essa previsão se concretizar, será toda a população.
Não obstante todos esses problemas climáticos, é imprescindível que não nos descuidemos de continuar insistindo na implementação de uma política industrial forte, que nos dê condições de desenvolvimento em bases mais modernas.
Com esse pensamento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as federações estaduais de indústria e as 74 associações industriais entregaram no dia 28 de maio o documento em que consta a Declaração pelo Desenvolvimento da Indústria e do Brasil ao vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckimin, aos ministros da Casa Civil (CCPR), Rui Costa e das Comunicações (Mcom), Juscelino Filho, aos presidentes do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, em evento na sede da CNI.
Trata-se de uma declaração conjunta, afirmando que a indústria, como setor estratégico, tem atuação decisiva para estimular a economia e exercer seu papel central no desenvolvimento tecnológico, na geração de empregos de qualidade, na eficiência produtiva e na criação de riquezas.
Nessa declaração, são feitas 10 propostas:
- 1) Nova Indústria Brasil (NIB) como centro da agenda nacional de desenvolvimento;
- 2) Recursos em quantidade e a custo competitivo nos financiamentos do Plano Mais Produção;
- 3) Sistema tributário moderno e eficiente;
- 4) Menor custo de capital para garantir competitividade;
- 5) Inovação industrial para a transformação digital e a transição energética;
- 6) Descarbonização e powershoring;
- 7) Energia e transportes mais baratos e eficientes;
- 8) Inserção internacional pragmática;
- 9) Recursos Humanos capacitados para a nova economia;
- 10) Qualidade regulatória.
São princípios que promovem desenvolvimento esperado.
Antônio Silva é administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
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