A transição energética no Nordeste brasileiro, com foco na energia renovável solar e eólica, apresenta um mosaico complexo de avanços e contradições. Enquanto a região avança em direção a um modelo mais sustentável, desafios emergem, refletindo os paradoxos dessa transformação.
No sertão do Rio Grande do Norte, a realidade de Maria do Socorro, agricultora de 34 anos, ilustra um lado menos discutido da energia eólica. O som constante das turbinas perturba seu sono, gerando ansiedade e desconforto. “À noite, o vento se intensifica, trazendo consigo um ruído incessante. Às vezes, o barulho é tão alto que tememos por nossa segurança”, relata. Esse incômodo a levou a procurar indenizações legais, na esperança de mudar para um lugar mais tranquilo.
Paradoxalmente, a energia eólica, causadora do desconforto de Maria, representa um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas. O Brasil, em 2022, alcançou a sexta posição mundial em capacidade de geração de energia eólica onshore, conforme um relatório do Global Wind Energy Council. Este crescimento reflete o esforço do país em superar os combustíveis fósseis e contribuir para limitar o aquecimento global, por meio do aproveitamento das fontes renováveis de energia, como o vento e o sol. No entanto, o caso de Maria do Socorro evidencia os desafios enfrentados pelas comunidades locais diante da expansão da energia eólica.
Esse cenário revela a complexidade da transição energética. Por um lado, há um avanço significativo em direção a fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Por outro, surgem desafios socioambientais, como o impacto nas comunidades locais. Enquanto a energia eólica traz benefícios em grande escala, é crucial considerar e mitigar seus efeitos adversos em pequenas comunidades.
A história de Maria do Socorro no Rio Grande do Norte é um lembrete da necessidade de abordagens mais holísticas na implementação de tecnologias de energia renovável, onde os benefícios da sustentabilidade não obscureçam as vozes e as necessidades das populações locais.
Paradoxalmente, a energia eólica, causadora do desconforto de Maria, representa um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas. O Brasil, em 2022, alcançou a sexta posição mundial em capacidade de geração de energia eólica onshore, conforme um relatório do Global Wind Energy Council. Este crescimento reflete o esforço do país em superar os combustíveis fósseis e contribuir para limitar o aquecimento global, por meio do aproveitamento das fontes renováveis de energia, como o vento e o sol. No entanto, o caso de Maria do Socorro evidencia os desafios enfrentados pelas comunidades locais diante da expansão da energia eólica.
*Com informações Carta Capital
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