Precisamos preservar o que deu certo, evitar os erros ocorridos e planejar o futuro. O historiador e geógrafo grego Heródoto, que viveu no século V antes de Cristo, recomendava “pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”.
Por Antônio Silva
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A vida oferece muitas oportunidades, permitindo imaginar um futuro diferente com base em experiências já vividas, pois o passado ensina como agir no futuro. Para compreender as tendências e os ciclos dos acontecimentos é preciso analisar o impacto geral dos fatos passados, vislumbrando novas perspectivas e soluções diferentes, para não repetir os mesmos erros.
O filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard dizia: “A vida somente pode ser compreendida olhando para trás, mas somente pode ser vivida olhando para frente”. Confúcio, filósofo chinês disse: “Se queres prever o futuro, estuda o passado”… “Se queres conhecer o passado, examina o presente que é o resultado; se queres conhecer o futuro, examina o presente que é a causa”.
Cito os pensadores, como exemplos, para que possamos desenvolver um raciocínio crítico e analítico que nos possibilite ter capacidade de resolver problemas e ter pensamentos criativos para auxiliar na resolução de dificuldades da nossa região.
Nas discussões que ocorrem no Congresso Nacional sobre a Reforma Tributária, quero deixar patente a necessidade de lembrarmos as lições e experiências passadas, a fim de que possamos evitar os erros, repetir os acertos e propor novas formas de atuação para o desenvolvimento do norte do país.
Pensamos que por piores que sejam as condições da Amazônia, em termos educacionais, produtividade em todos os aspectos, inovação, competitividade, segurança jurídica e demais indicadores socioeconômicos, devemos manter sempre a esperança renovada de que há uma saída para a Amazônia e para o mais exitoso projeto de desenvolvimento da Amazônia Ocidental e Amapá, que é a Zona Franca de Manaus (ZFM).
Por esses fatos e experiências do passado, não queremos regredir nos aspectos que evoluímos com referência aos sucessos alcançados com o projeto ZFM, criado para promover o crescimento, a integração da Amazônia Ocidental, a diminuição da desigualdade regional e o aumento da segurança da fronteira.
É relevante, nos debates sobre a Reforma Tributária no Congresso, destacar que não há incompatibilidade entre o desenvolvimento socioeconômico, o desenvolvimento tecnológico e a preservação do bioma amazônico. A ZFM pode, com ajustes necessários, ser preservada na reforma, pois sem ela a região perderá a geração de investimentos, empregos e renda, bem como inviabilizará a manutenção da floresta, desequilibrando todo o ecossistema.
Queremos evitar a vivência negativa sobre a estratégia de colonização da floresta, provocada pelos vários anos de política de ocupação equivocada, que destruiu parte do bioma e ensejou altos níveis de desmatamento e ameaça à biodiversidade, provocando o aumento das emissões dos gases de efeito estufa. Precisamos preservar o que deu certo, evitar os erros ocorridos e planejar o futuro. O historiador e geógrafo grego Heródoto, que viveu no século V antes de Cristo, recomendava “pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”.
A ZFM é imprescindível para a Amazônia Ocidental.
Antônio Silva é administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
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