Agentes da Polícia Federal fazem busca e apreensão na manhã desta quarta-feira em Manaus e Porto Alegre (RS) na 4ª etapa da Operação Sangria, que investiga práticas criminosas de formação de organização, fraude em licitações e desvio de verba pública. Os agentes federais cumprem 25 mandados judiciais expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). São 19 mandados de busca e apreensão e 6 mandatos de prisão temporária. A PF não informou os alvos da prisão, mas envolve funcionários do alto escalão da Secretaria de Saúde.
O alvo da operação são funcionários do alto escalão da SES investigados por contratação fraudulenta visando favorecer empresários de Manaus, seguindo orientação da cúpula do governo do Estado. As provas indicam que o hospital de campanha montado pelo governo não atendeu as necessidades básicas de assistência à população no período da pandemia de Covid-19, além de colocar em risco, por contaminação, os pacientes e funcionários do hospital.
As investigações também constataram, segundo a PF, irregularidades em três contratos firmados em janeiro deste ano relativos ao funcionamento do hospital de campanha, cujos objetos eram conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, sob suspeita de direcionamento para homologação do vencedor do certame, superfaturamento do preço contratado e não prestação do serviço especificado.
A 4ª fase da Operação Sangria ainda está em andamento e os indiciados pela PF poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa. Se condenados, os suspeitos estão sujeitos a penas de até 24 anos de reclusão.
A operação inclui sequestro de bens dos investigados no valor de R$ 22,837 milhões.
Fonte: Amazonas Atual
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