Um grupo de organizações da sociedade civil apresentou no Conselho de Direitos Humanos da ONU uma denúncia contra o desmonte das políticas ambientais do Brasil sob o governo Bolsonaro. Assinada pela APIB, Conectas Direitos Humanos, ISA e Observatório do Clima, a denúncia apresenta evidências de ataques e violações sistemáticas do governo federal contra o meio ambiente e os Povos Indígenas brasileiros, o que contradiz a tentativa de greenwashing de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU, na semana passada.
A denúncia também cita projetos de lei em discussão no Congresso Nacional que comprometem ainda mais a situação socioambiental do Brasil, como o PL da Grilagem e a flexibilização do licenciamento ambiental. “Esses projetos agravam a violência no campo, principalmente na Amazônia, e incentivam o desmatamento, em meio a uma crise climática”, alertaram as organizações. “Além disso, eles tramitam sem consulta e consentimento livre, prévio e informado, sem amplo debate com a sociedade e sem a participação da comunidade científica, e servindo de interesse de grupos ruralistas”. A CNN Brasil repercutiu a notícia.
E por falar em retrocessos ambientais, Fabio Teixeira escreveu na Reuters sobre o crescimento da grilagem na Amazônia nos últimos tempos. Impulsionados pela alta do preço internacional das commodities e pela falta de fiscalização e vontade do governo para combater ilegalidades ambientais, criminosos estão avançando cada vez mais dentro de Unidades de Conservação, Terras Indígenas e florestas públicas não destinadas. O desmatamento e os conflitos fundiários aumentam junto com a grilagem, resultando em mais destruição ambiental e violência contra Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais. Já na Bloomberg, Matt Goldman e David Rovella destacaram o impacto da devastação sobre a Amazônia, com a maior floresta tropical do mundo mais próxima de um “ponto de não-retorno”.
Fonte: ClimaInfo
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