Ações emergenciais para o controle da Salmonella spp. na pimenta-do-reino reuniram atores dessa cadeia produtiva nos dias 27 e 28 de maio, no município de Tomé-Açu, região Nordeste do estado do Pará. Especialistas da Embrapa Amazônia Oriental apresentaram a produtores e representantes de entidades do setor resultados de pesquisa com boas práticas de colheita e pós-colheita. O evento, realizado na sede da Associação Cultural de Tomé-Açu (Acta), atendeu às regras de distanciamento e uso de máscaras.
O Pará é o segundo maior produtor nacional da especiaria, com quase 16 mil hectares de plantio agrícola e uma produção de 35 mil e 524 toneladas, em 2019, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, como explica o pesquisador Oriel Lemos, da Embrapa Amazônia Oriental, a contaminação pela bactéria Salmonella é um problema real e que vem afetando o mercado brasileiro de pimenta. O pesquisador informa que apesar do importador fazer a descontaminação do produto antes de chegar ao destino final, “essa situação repercute negativamente para a produção agrícola brasileira”, alerta.
Medidas educativas
No evento dos dias 27 e 28 de maio, os especialistas da Embrapa apresentaram boas práticas de colheita e pós-colheita que ajudam a minimizar e até controlar a incidência de Salmonella e outras doenças causadas por fungos e bactérias. A ação fez parte do plano emergencial implementado pelo grupo de trabalho interinstitucional de pimenta-do-reino, instituído em 2019 pelo Governo do Pará.
O pesquisador Oriel Lemos e o analista João Paulo Both são os representantes da Embrapa no grupo e os resultados de pesquisa da instituição já subsidiaram uma instrução normativa (IN 1332/2020), publicada pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), que trata sobre os procedimentos e as obrigatoriedades para a cultura da pimenta-do-reino no estado do Pará. “O plano emergencial está na fase de conscientização de produtores, desenvolvimento de produtos de comunicação e socialização de boas práticas ao segmento produtivo”, afirma João Paulo Both.
Participaram do evento produtores rurais da região Nordeste Paraense, além de representantes e técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); E,presa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater); Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme); Comissão Executiva do Plnao da Lavoura Cacaueira (Ceplac); empresa Tropoc; sindicatos e associações de produtores.
Fonte: Embrapa
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