“A equação a formular é como compatibilizar a estrutura amazonense do PIB agropecuário projetada aqui em 51%, com a estrutura brasileira de 5%. Quem vai ceder este espaço? Como ocupar este espaço?”
Juarez Baldoino da Costa
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A estrutura do PIB do Amazonas em 2020 segundo publicação no site da SEDECTI – Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e Inovação, é composta de R$ 5,4 bilhões oriundos da Agropecuária, equivalentes a 5,1% do PIB total de R$ 105,8 bilhões. O restante é originário da Indústria e dos Serviços.
No Brasil, segundo a tabela 1846 do IBGE, a Agropecuária responde por cerca de 5% do PIB, equivalentes a R$ 360 bilhões em média, ou seja, a estrutura amazonense está coerente com a estrutura nacional, a princípio comandadas e absorvidas pelo mercado, inclusive o internacional.
Sendo a Agropecuária a soma das atividades de criação de todos os animais mais o cultivo ou coleta de todos os vegetais, incluindo nestes os de uso medicinal e para as indústrias têxtil, de biocombustíveis e de cuidados pessoais, toda a cadeia de fármacos e biotecnologia em desenvolvimento no Amazonas está contida neste segmento do PIB.
Para o Amazonas, como as atividades da exógena e estrangeira Indústria incentivada e a atividade dos Serviços são retroalimentadores e complementativos entre si na cadeia econômica, representando mais de 80% do PIB, sua eventual diminuição deve se dar sempre em conjunto, pelo efeito retroalimentador inverso.
O plano já em curso, embora ainda de expressão modesta, de fomentar as atividades econômicas endógenas do Amazonas em razão também da preocupação da extinção da Zona Franca de Manaus, precisaria conseguir multiplicar os 5,1% atuais da atividade Agropecuária, por exemplo, por 10, atingindo 51% do PIB. Se a pecuária do boi for considerada exógena por não ser amazônica, o multiplicador deverá ser ainda maior.
O restante do PIB do Amazonas seria complementado pela Indústria naval e outras endógenas, desde que sem incentivos fiscais, e pelo crescimento da mineração, embora este setor seja definido pelos investidores internacionais associados à demanda, sem interferência expressiva tanto do Brasil quanto do Amazonas.
A equação a formular é como compatibilizar a estrutura amazonense do PIB agropecuário projetada aqui em 51%, com a estrutura brasileira de 5%. Quem vai ceder este espaço? Como ocupar este espaço? O tambaqui e o pirarucu podem compor os 51%, dependendo de quanto a China ou os nossos irmãos de outros estados possam interferir nesta produção.
Se for possível receber dólares pela tal da propalada preservação da floresta, os 51% serão mais fáceis de atingir.
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