Neste dia 9 de agosto, o Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas) completa 39 anos de defesa do segmento industrial deste Estado. Há um ano, o presidente da entidade, Wilson Périco, registrava: “…o pior momento econômico, político e social que já vivemos. Mas eu não tenho dúvida que vamos superar essa crise”.
Com otimismo, mas sem ingenuidade, o empresário lançou, ao lado do consultor Alfredo Lopes, o único registro formal e bibliográfico do Cinquentenário da Zona Franca de Manaus. “Nesses 38 anos esse é o pior momento que o País passa e, consequentemente, o Amazonas e o Cieam uma vez que estão inseridos nesse contexto”.
E em sua mensagem, fez uma crítica pesada aos gestores locais e federais pedindo respeito ao setor privado, às leis e aos direitos de quem gera a riqueza na região: “A alternativa para a atual conjuntura econômica no Estado não depende pura e exclusivamente da iniciativa privada, ou seja, das empresas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus). A insegurança jurídica se traduz em insegurança econômica e social por conta dos investimentos que não vão acontecer, a se manterem as atuais ameaças à constitucionalidade do modelo ZFM. O cenário não é muito diferente neste ano e depende de uma movimentação maior da sociedade para escolher os novos dirigentes do país e do estado, e de suas representações parlamentares”.
Em defesa do Amazonas
Nesta quinta-feira, em sua entrevista anual, Wilson Périco vai refletir sobre o sentido de mais um aniversário do Centro da Indústria, resgatar a memória, a bravura e a resiliência de nossos fundadores. E reafirmar que celebrar a entidade significa reafirmar que ela tem ido além do papel que lhe compete. “Vamos comemorar mais um ano de atividade com a satisfação de poder dizer que o Cieam, além de defender o interesse dos seus associados, briga pelos direitos dessa região. Todos têm que defender o próprio interesse, entretanto, o Centro da Indústria se orgulha de defender os direitos do modelo Zona Franca de Manaus, do desenvolvimento regional, da criação de novas modulações econômicas, o que acaba atravessando um pouco nosso papel quando nos propomos a realizar políticas que não nos compete, mas fazemos por acreditar que aquilo é verdadeiramente direito e é o correto a ser feito”.
Deixem a Suframa em paz!
Há uma mobilização política das mais rasteiras para desequilibrar a posição do superintendente da Suframa, Appio Tolentino. E não se trata de uma mobilização em cima de fatos ou de propostas de novo posicionamento estratégico e sim de boatos e, pior do que isso, na transformação do cargo em barganha política. E tudo isso oriundo da política em caixa baixa, para assegurar ganhos no tabuleiro da velha política franciscana de que é dando que se recebe.
Estratégias surradas
A Suframa dispõe de técnicos de altíssimo nível, profissionais de carreira. A movimentação que desestabiliza o atual superintendente faz parte de um conjunto de estratégias surradas de exercício do bem e do cargo público em favor de um grupo. Isso precisa ser mudado. Urgentemente.
A gestão os incentivos e a função de indutora do crescimento precisa de ser exercida por servidores habilitados e habituados à rotina do serviço do interesse público. Temos a anotar que o atual titular da Suframa, mesmo iniciado pelo critério político tem uma vivência em planejamento na esfera pública que o ajudou a dialogar com o setor privado e a flexibilizar a burocracia excessiva. Removê-lo neste momento e adotar um mandato tampão no critério eleitoreiro significa perenizar essa prática perversa e nociva.
As empresas querem segurança jurídica e institucional, gestores habilitados e uma calmaria na rotina funcional. As empresas padecem de segurança jurídica, vetos de setores públicos federais e ataques da mídia maledicente do Sudeste e essa politicagem mesquinha só tem agravado a situação.
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected] |
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