A homenagem prestada pela Assembleia do Estado do Amazonas, por iniciativa da deputada Alessandra Campelo (PCdoB), nesta quarta-feira, aos 36 anos do Centro da Indústria do Estado do Amazonas e 55 anos da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, simboliza uma aproximação oportuna e vital entre o setor produtivo e a representação parlamentar do Estado, na busca de saídas criativas e eficazes no enfrentamento da crise instalada no Brasil e, fortemente, no modelo ZFM. E aqui cabem duas perguntas para conotar o sentido desta aproximação: O que é Política? E qual sua importância no contexto socioeconômico brasileiro hoje? Com as dificuldades inerentes a um país que retomou a Democracia há apenas três décadas, situar o papel da Política a vigência do Estado de Direto é a mais perfeita tradução do papel histórico, etimológico e atual da Política, como instrumento de consolidação da ordem e equilíbrio social. Estamos avançando no exercício da Democracia: o governo das pessoas em sociedade, um conjunto de normas e recomendações éticas que deve nortear o ordenamento da vida social, na polis, o lugar das relações entre os cidadãos, seus direitos e interesses. É neste sentido que o CIEAM acolheu e simboliza a homenagem que o poder político legislativo confere à entidade neste momento. Acreditamos que este momento simboliza o reconhecimento do papel das empresas que a entidade aqui representa na comunhão necessária de esforços para encontrar saídas neste labirinto de dificuldades, um desafio que precisa ser explicitado e encarado.
Cumplicidades vitais
Essa homenagem e o significado de aproximação para a somatória de esforços e talentos são semelhantes – em importância e alcance – ao recente esforço para conquistar espaço no Conselho da Universidade do Estado do Amazonas, financiada integralmente pela indústria, para debater, acompanhar e aplaudir as aplicações dos recursos recolhidos para o Fundo UEA à luz dos resultados auferidos pelos jovens que ali encontram oportunidade de formação e alternativas de realização profissional. Caminhamos, assim, a passos largos para consolidar a inserção das entidades do setor produtivo no conjunto de representantes da sociedade com quem a academia se articula para responder às demandas do tecido social. Academia e classe política, portanto, e especialmente neste momento, em que talentos e energia imbricados, vão fazer toda a diferença.
Novas matrizes e atitudes
Com este bate-bola cívico podemos formar o time da transparência para assegurar a aplicação efetiva, relevante e participativa dos impostos e dos fundos da Suframa, de Pesquisa e Desenvolvimento, dos Fundos Estaduais de Turismo e Interiorização do Desenvolvimento, das Pequenas e Médias Empresas e das Cadeias Produtivas, que levam ao interior a visão empreendedora das novas alternativas econômicas. Hoje, a Agência Estadual de Fomento, AFEAM, que administra os recursos do FMPES, das cadeias rurais produtivas, estimula a economia do guaraná, açaí, feijão de praia, castanha, fibras vegetais, banana, mandioca, entre outros tantos itens de nossa vocação de negócios, com apoio do Sebrae e do IDAM, O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas. Esse Fundo, recolhido pela indústria, é 10% de outra contribuição para interiorizar o desenvolvimento e promover o turismo, o FTI. Os parlamentares estaduais têm um papel preponderante para repensar, revitalizar e otimizar a aplicação deste recurso – que alcançou a cifra de R$ 835 milhões em 2014 – à luz dos acertos socioeconômicos que o fomento das cadeias agroextrativistas representa. Com a integração da UEA, sua presença em todos os municípios, e demais parceiros da pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento, está traçado o caminho para consolidar novas matizes econômicas coerentes com a vocação de negócios da região.
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected]
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