Nesta terça-feira, dia 29. uma iniciativa conjunta de FIEAM/ CIEAM/FAEA/AFEAM. as entidades da Indústria e da Agricultura com a Agência de Fomento do Estado, estreia os DEBATES PRODUTIVOS, uma rotina de discussões/proposições aberta aos interessados sobre novas matrizes econômicas, sempre 11ª perspectiva de reunir pesquisadores, empreendedores e gestores públicos para analisar oportunidades de novas cadeias produtivas, além daquelas em andamento, identificando mecanismos de agregação de valor. por inovação tecnológica, certificação e maior proximidade entre o produtor e o mercado. Os parceiros iniciais desta empreitada são muitos. Eis alguns: SeplanCTI. UEA. UFAM, SEPROR. IDAM, SEBRAE. SENAI, FUCAPI, INPA. EMBRAPA. FAPEAM. 0 evento ocorre na sede da AFEAM, e vai pontuara A ECONOMIA DA CASTANHA. FÁRMACOS, COSMÉTICOS e NUTRACÊUTICOS. Foi convidada, no âmbito da parceria FIEAM/CIEAM/UEA, FAPEAM e USP, a professora Silvia Cozzolino. da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da instituição paulista, com mais de 30 anos de pesquisas em castanha do Brasil, ou da Amazônia, ou do Pará, e suas aplicações 110 tratamento de diabetes, obesidade. Alzheimer e complicações renais. Em seguida, pesquisadores locais são contar suas façanhas de laboratório na direção do mercado, as possibilidades, embaraços e premissas. Depoimentos dos pioneiros, Seruio Vergueiro/Moyses Israel e do extensionista rural Malvino Salvador, vão completar a exposição antes dos debates, sínteses e recomendações. Um dos convidados para os DEBATES PRODUTIVOS. Adrian Pohlit, da Coordenadoria de Tecnologia e Inovação do INPA, escalado para dar uma entrevista sobre os 63 anos do INPA foi alcançado pelo arsenal virótico das mudanças climáticas e ficou afônico, razão pela qual adiamos sua exposição.
O INPA completa 63 anos e tem acervos e coleções preciosas e numerosas sobre o bioma amazônico. Na celebração deste Instituto de investigação do bioma tropical, emerge uma grande questão: como fazer para atrair a indústria e criar oportunidades de desenvolvimento a partir dessas informações? – A criação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia é uma das ações estratégicas mais importantes do Brasil, tanto para a pesquisa científica como para a sociedade, especialmente por estar relacionada como o processo de fundaçãINPAo do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas), em 1951. Um passo importante na construção e afirmação do Estado Nacional no Brasil. Estão colocadas desde aí as bases de uma política científica nacional. para promover projetos internacionais. estaduais e locais. 0 desafio de envolver o setor privado é um trabalho conjunto. Cientista não foi preparado para tirar do laboratório as respostas para a sociedade em termos de novos negócios em cima de suas pesquisas. Mas ele precisa aprender. E esta aprendizagem depende de maior aproximação entre os pesquisadores, os investidores e as necessidades da sociedade. É preciso estreitar o canal de comunicação entre estes atores. Essa aproximação se tornou emergencial pois a economia do Amazonas, baseada quase integralmente 11a matriz industrial das empresas instaladas na Zona Franca, exige uma definição de quais os produtos e negócios que as pesquisas do IN PA podem oferecer para criar NOVAS MATRIZES ECONÔMICAS? É preciso, pois, que os pesquisadores visitem o Distrito Industrial, conversem com seus gestores e trabalhadores. Eles sabem o que esperar da Ciência e da Floresta e os pesquisadores do INPA podem dizer o que estão fazendo ou são capazes de produzir, em termos de inovação. A decisão de inovar nasce na empresa, suas necessidades, por isso é importante criar mecanismos de interatividade para a pesquisa saber o que a indústria precisa. Fibras vegetais, polímeros, os condutores orgânicos, as proezas da química e da bioquímica, eletroquímica. para criar produtos, potencializar e rentabilizar as cadeias produtivas atuais e adensar outras.
Novos ataques
Na semana passada, um economista que trabalha num Grupo de Comunicação, desenvolveu uma tese para demonstrar que a presidente Dilma tem razão em manter os gastos públicos nos programas sociais. Já reparou como investimento que beneficia os mais pobres é sempre “gasto”? Esses Talibãs são radicais às custas cios outros. Eles defendem cortes, contanto que os cortados sejam a peãozada que mora lá na periferia. Os banqueiros exigem cortes, mas também exigem continuar com os lucros mais altos do mundo. Os empresários exigem cortes mas não nos subsídios (…) não nos incentivos da Zona Franca de Manaus, e nem pensar em reoneraras filhas de pagamento”. Em resposta à opinião pública nacional, o presidente alinhou alguns esclarecimentos, sempre recorrentes, para a mente fechada ou mal-intencionada de alguns detratores do modelo ZFM. “E curiosa e sintomática a recorrência da menção à Zona Franca de Manaus nas análises dos fracassos e descaminhos da economia brasileira, como se este modelo fosse a causa do atraso e dos entraves do crescimento do país. Trata-se de argumentação sem fundamento que apenas reforça a desconexão e o desconhecimento do Brasil do Sudeste em relação a Amazônia, dois terços do território nacional. Os incentivos da ZFM tem origens na Constituição Brasileira, e são considerados por especialistas em políticas federais de desenvolvimento como a modelagem de melhores resultados na geração de emprego, renda, tributos e oportunidades para a região, onde são gerados só em Manaus 600 mil empregos e 2 milhões em todo o país, 11ª distribuição, securitização, assistência técnica e demais serviços para os produtos Made na ZFM, presentes em todos os lares e empresas do Brasil. Existem, a propósito, três Zonas Francas no Sudeste para fornecer insumos para a Zona Franca de Manaus. Eficiente para reduzir as desigualdades regionais, 0 modelo também é decisivo para manter a floresta praticamente intocada para equilíbrio do clima e ajudar o Sudeste a respirar melhor. As empresas instaladas no polo indústria) de Manaus, diferentemente do que dizem seus críticos, não recebem um centavo de recursos públicos e só usufruem de incentivos quando seus produtos saem da fábrica para o mercado”.
Novos caminhos para a economia
Seguindo a lógica dos fatos, a manifestação do dirigente do ClEAM insistiu nos novos desafios:” Resguardado, 0 patrimônio da biodiversidade espera investimento federal para instalar na floresta, sem destruí-la, a bioindústria da dermocosmética, da nutracêutica orgânica, da farmacopeia sustentável, ensaios de novas matrizes econômica que o país e a humanidade precisam para se manter hígido e jovial. Esses investimentos devem priorizar a formação de jovens cientistas, e de inovação tecnológica, nanotecnológica e biodigital e para assegurar a competitividade e crescente independência dos tais incentivos. Como avançar, porém, na conquista destas promessas se o modelo ZFM foi transformado em provedor de recursos federais? Foram R$ 50 bilhões transferidos da riqueza produzida pelo modelo, sob diversas letras, 11a última década.
De acordo com a Lei. deveriam ser aplicados numa região carente de infraestrutura de energia, comunicação de dado e voz e sobretudo logística de transportes.” Os argumentos foram repetidos em plena reunião do Conselho da Suframa, nesta quarta-feira, onde ele demonstrou com detalhes o descaso federal. E para encerrar, na defesa da ZFM, Périco lembrou outros exemplos: “Numa série de reportagens exibida sobre a BR 319. a rodovia da esperança, uma via que foi construída nos anos 70, para ligar o Amazonas e Roraima ao resto do país, extremamente necessária para a economia da região. Com depoimentos de autoridades, moradores e estudiosos ficou demonstrado a inexistência de qualquer entrave objetivo para a recuperação da estrada, seja ambiental ou econômica, a pavimentação já foi feita, e os recursos gerados 11ª ZFM são mais que suficientes,, mesmo assim, a estrada segue abandonada e, misteriosamente, bombardeada, para evitar sua recuperação, um descaso comum a outros segmentos e aspectos da infraestrutura local.O modelo ZFM, portanto, não é parte do problema econômico nacional, é fator de solução e de crescimento desta economia na exata medida em que – suspenso o confisco – a aplicação dos recursos para investimentos em infraestrutura e pesquisa e desenvolvimento seja feita de acordo com a Lei. Assim procedendo, a infraestrutura será a base da competitividade da indústria local e as verbas de P&D a base da formação de recursos humanos, de laboratórios e de fomento para uma nova matriz de produtos que juntem a cadeia do conhecimento com a cadeia produtiva dos insumos regionais. Recentemente prorrogados, os incentivos do modelo estão amparados pela Carta Magna nos próximos 50 anos. Que se cumpra a Lei, o resto, trabalhadores e investidores já sabem 0 que tem a fazer, como tem feito até aqui, a despeito da desconexão e desconhecimento nacional.”
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Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do Centro da Indústria do Estado do Amazonas.
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