Com mais de 30 mil novos emplacamentos em 2025, a frota de veículos elétricos cresce rápido, mas a rede de recarga ainda não acompanha essa transição.
O setor de veículos elétricos no Brasil vive um momento de expansão. Apenas nos seis primeiros meses de 2025, mais de 30 mil unidades foram emplacadas. A estimativa é de que a frota nacional ultrapasse 200 mil carros até o fim do ano. No entanto, o crescimento acelerado contrasta com uma infraestrutura ainda insuficiente para atender à nova demanda.

O país dispõe atualmente de cerca de 15 mil pontos públicos e semi-públicos de recarga, concentrados principalmente nas regiões Sudeste e Sul. A maioria desses eletropostos possui carregadores de baixa potência, que exigem longos períodos para uma recarga completa.
Além disso, a instalação de pontos em edifícios residenciais e comerciais esbarra em desafios técnicos e financeiros. A escassez de vagas, a necessidade de adaptações elétricas e os custos envolvidos são barreiras que têm gerado discussões em condomínios e empresas.
Para especialistas, a expansão da mobilidade elétrica depende da criação de políticas públicas específicas, como incentivos fiscais e ajustes regulatórios. Além do investimento em dois modelos de recarga: os domésticos, para uso diário, e os de oportunidade, instalados em locais públicos para recargas durante deslocamentos.
Apesar dos obstáculos, o cenário ainda é promissor. A crescente adoção de carros elétricos é impulsionada por fatores como economia de combustível, que pode chegar a 70% em relação à gasolina, e benefícios ambientais. A mobilidade elétrica avança em tendência global e os veículos elétricos no Brasil devem seguir em ritmo acelerado nos próximos anos.
