A recriação do MDIC

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) objetivando uma indústria forte, apresentou ao governo federal um documento com “Propostas prioritárias para os 100 primeiros dias de governo” destinado ao MDIC.

Por Gilmar Freitas
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Diz o dito popular: “melhor ter paz do que ter razão”. Por isso não tecerei maiores comentários sobre os episódios insanos ocorridos no dia 8 último, triste e vergonhoso aos verdadeiros brasileiros patriotas. Ao incitar a desordem no Brasil, esses pseudoamigos da liberdade ameaçam todos aqueles que não raciocinam como eles.

Por isso, prefiro escrever sobre as questões de ordem econômica, que são bastante sérias para o País, incluindo nós da região da Amazônia Ocidental. É muito interessante a dicotomia que estabelece Sérgio Buarque de Holanda entre trabalho e aventura. O aventureiro opta pelo atalho para suas pretensões, prefere colher o fruto sem plantar a árvore. Já o que trabalha, percorre um caminho reto na vida, com princípio, meio e fim.

A desordem nunca foi uma boa parceira dos negócios, pois desorganiza e enfraquece quem percorre o caminho para o desenvolvimento econômico e social. A economia brasileira necessita ser estável para atrair investimentos, ser planejada para ter credibilidade e ter comando para adquirir confiança.

A escolha do vice-presidente Geraldo Alckmin, para comandar o recém-criado Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), foi muito bem recebida pela indústria brasileira e pelos empresários em geral, que consideram esse órgão como fundamental para a reversão da desindustrialização que ocorre no país e de extrema importância para incentivar os investimentos em todos os setores da economia, proporcionando a criação de mais e melhores empregos, induzindo a inovação e o avanço da produtividade.

MDIC
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República José Cruz/Agência Brasil

É evidente a importância que o governo confere ao MDIC, ao colocar no seu comando o vice-presidente da república, homem experiente na política, perfil conciliador e de capacidade para o diálogo, possuidor de vasta experiência na gestão pública, qualidades necessárias para enfrentar e superar os desafios, para alcançar êxito no desenvolvimento de uma política industrial sólida e consistente, bem como dinamizar a política de comércio exterior.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) objetivando uma indústria forte, apresentou ao governo federal um documento com “Propostas prioritárias para os 100 primeiros dias de governo” destinado ao MDIC. É um plano de retomada da indústria para ampliação dos investimentos, da produção fabril e das exportações, utilizando bases modernas e inovadoras, que consigam viabilizar a participação do Brasil com maior competitividade nas cadeias globais de valor. É importante ressaltar que o crescimento da indústria brasileira gera efeitos positivos em todo o complexo econômico do país, abrindo oportunidades inéditas.

Ao governador Wilson Lima, Alckmin asseverou que não adotará nenhuma medida drástica contra a Zona Franca de Manaus (ZFM), afirmando que todas as questões serão amplamente discutidas em conjunto, sem qualquer elemento surpresa para as partes envolvidas. Acreditamos no vice-presidente, pelo seu histórico de lealdade e sinceridade na vida pública e política.

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Gilmar Freitas é Assessor Econômico da Presidência da FIEAM
Redação BAA
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Redação do portal BrasilAmazôniaAgora

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