O uso do hidrogênio verde para fortalecer a transição energética no setor naval é essencial para enfrentar a crise climática, visto que o setor responde por quase 3% das emissões globais de CO₂
A primeira embarcação brasileira movida a hidrogênio verde será apresentada durante a COP30, em Belém, em novembro de 2025. O projeto busca descarbonizar o transporte marítimo, oferecendo uma solução 100% sustentável.
A iniciativa inclui duas embarcações, Explorer H1 e H2, sendo que a Explorer H1 será apresentada oficialmente na conferência climática. O investimento total no projeto é de R$ 150 milhões, marcando um avanço significativo na transição energética do setor naval.
Essa transição, apesar de desafiadora, é essencial para enfrentar as mudanças climáticas, já que o setor responde por quase 3% das emissões globais de CO₂, segundo a IMO (Organização Marítima Internacional).

“Os desafios envolvem desde o desenvolvimento da tecnologia da embarcação e do posto de abastecimento de hidrogênio até a integração de sistemas como célula a combustível, armazenamento, baterias e energia fotovoltaica”, explica Daniel Cantane, o gerente do Centro de Tecnologias de Hidrogênio do Itaipu Parquetec, ao Ecoa-Uol.
Eficiência e viabilidade
A embarcação movida a hidrogênio verde não emite gases de efeito estufa durante sua conversão em energia e possui uma eficiência de 48% a 62%, muito superior a um motor a combustão de combustível fóssil, que atinge no máximo 30%.
Para viabilizar sua operação, será instalado um posto de abastecimento de hidrogênio em Belém. Além de contribuir para a descarbonização, o projeto terá um papel importante na pesquisa e educação ambiental. Inicialmente, as embarcações serão utilizadas como laboratórios flutuantes e salas de aula tecnológicas, promovendo conscientização sobre a preservação dos biomas brasileiros.