Até o início de maio, foram contabilizados 772 ninhos no arquipélago, superando os recordes anteriores de desova de tartarugas das temporadas de 2022/2023 e 2016/2017, que tiveram 430 e 420 ninhos, respectivamente
Fernando de Noronha está comemorando um novo recorde na temporada de desova da tartarugas-verde (Chelonia mydas). Até o início de maio, foram contabilizados 772 ninhos no arquipélago, superando os recordes anteriores das temporadas de 2022/2023 e 2016/2017, que tiveram 430 e 420 ninhos, respectivamente. O aumento expressivo reforça o sucesso das ações de conservação na região.
Como a temporada de desova se encerra apenas em junho, o número final de ninhos deve ser ainda maior. As informações foram divulgadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Os pesquisadores não sabem ao certo quantas tartarugas habitavam o arquipélago antes da ocupação da ilha principal, mas garantem que o número já foi muito maior do que o atual. “Quando comparamos a atual temporada com as primeiras, na década de 1980, observamos um aumento multiplicativo de cerca de 20 vezes. É uma tendência promissora, que também já foi documentada em outros locais de reprodução da espécie pelo mundo”, diz Claudio Bellini, analista ambiental do Centro Tamar/ICMBio.
Bons frutos da conservação

Uma pesquisa global da União Internacional para a Conservação da Natureza trouxe boas notícias sobre as tartarugas marinhas: 40% dos grupos monitorados por 150 entidades ambientais, incluindo o Projeto Tamar, hoje são considerados pouco ameaçados — um avanço em relação aos 23% registrados no início da década passada.