A floresta não é almoxarifado gratuito, é patrimônio estratégico. Quem diz que não se pode vigiar a Amazônia, mente!!
O dogma da impossibilidade como álibi dos criminosos
A velha cantilena de que a Amazônia é “grande demais para ser vigiada” é, na prática, um salvo-conduto para os predadores. Grileiros, garimpeiros e madeireiros ilegais agradecem a quem repete esse mantra, porque ele dilui responsabilidades e alimenta a ideia de que o crime ambiental é inevitável. Não é inevitável — é permitido. A floresta não é um imenso vazio. É território vivo, habitado por 30 milhões de brasileiros.
O que já existe — e prova que é possível
• Satélites e supercomputadores: O INPE vigia desde 1988. O problema não é “ver”, é agir.
• SIPAM/SIVAM: monitoramento aéreo e terrestre de ponta.
• Drones indígenas e sensores acústicos (Curupira): sentinelas locais com alta tecnologia.
• Inteligência artificial: algoritmos cruzando sons, imagens e rotas do crime. Se ainda há devastação, é por falta de vontade política e excesso de olhos que se fecham.

A Polícia Federal e a quebra da narrativa
A PF atua como prova viva de que vigiar, cuidar e proteger a Amazônia é possível e já acontece. Com operações sistemáticas, planos robustos e centros de inteligência, desmonta-se o discurso da “terra de ninguém”.
Ano, Operação/Iniciativa, Objetivo, Resultados/Impacto
- • 2019–21, Verde Brasil 2, Combater desmatamento e queimadas, +105 mil inspeções, apesar de críticas
- • 2021, Samaúma, Repressão a incêndios e desmatamento, Multas, embargos e apreensão de madeira
- • 2022, Donos da Terra / Avarus, Grilagem e garimpo em TI Ituna/Itatá, Mandados, destruição de máquinas, bloqueio logístico
- • 2023, Guardiões do Bioma, Ação integrada contra crimes ambientais, 6 mil crimes combatidos, -21,4% de desmatamento
- • 2024, Plano AMAS, Inteligência e repressão a facções ambientais, R$ 318,5 milhões do Fundo Amazônia investidos
- • 2025 (mai), Base Amazônia, Operações aéreas descentralizadas, Maior presença em áreas críticas
O aparato está pronto e ativo
O que falta não é tecnologia, nem meios, mas a constância da política pública e a coragem de enfrentar as conivências.
A floresta no tabuleiro global
Enquanto fingimos que não conseguimos vigiar, o mundo inteiro a vigia. Potências estrangeiras acompanham cada hectare por satélite, de olho em minérios estratégicos e biodiversidade. Repetir que “não dá” é abrir espaço para o discurso da ingerência externa: se vocês não cuidam, nós cuidaremos. Aqui está o ponto: vigiar a Amazônia não é só dever ambiental, é ato de soberania nacional.
Chamado final
É hora de parar de repetir desculpas. O Brasil tem ciência, tecnologia, povos guardiões e uma Polícia Federal ativa. Vigiar a Amazônia é possível, urgente, inteligente e necessário. A floresta não é almoxarifado gratuito, é patrimônio estratégico. Quem diz que não se pode vigiar a Amazônia, mente!!