A FVS (Fundação de Vigilância em Saúde) e a FMT (Fundação de Medicina Tropical) emitiram nota técnica de alerta sobre o avanço da Doença de Chagas Aguda no Amazonas. O comunicado conjunto contém procedimentos para os profissionais da saúde e ressalta que na região Amazônica os sintomas da doença são diferentes.
A Doença de Chagas é uma doença infecciosa que provoca inchaço no local da picada do inseto, febre e aumento dos gânglios linfáticos. Começa de forma aguda, que pode ser ou não identificada clinicamente. A doença pode evoluir para a fase crônica, com consequências cardíacas, digestivas ou cardiodigestiva.
A doença é causada pelo picada de um inseto popularmente conhecido como barbeiro, que hospeda o parasita trypanosoma cruzi. Durante a picada na pessoa, o barbeiro defeca ou urina liberando o parasita. Após a picada, a reação normal da pessoa é coçar o local e isso permite a entrada do parasita no organismo e o desenvolvimento da doença.
Entre 2018 e 2022 foram notificados 428 casos suspeitos de Doença das Chagas. Só ano passado foram 154 investigações, com 54 pacientes confirmados, ou 35,1% dos casos suspeitos. Em 2021 os casos confirmados foram 25. Os números do ano passado, portanto, correspondem a um aumento de mais de 100%.
Os casos confirmados foram por picada de barbeiro, transmissão e recem nascidos infectados pela mãe durante a gravidez. As fundações recomendam vigilância em parentes e pessoas próximas a pacientes que tiveram casos confirmados.
A nota técnica conjunta alerta os profissionais de saúde quanto a notificação e investigação de Doença de Chagas Aguda e orienta quanto aos fluxos de ações de vigilância em saúde, prevenção e vigilância laboratorial no Estado.
Originalmente publicado por: AMAZONAS ATUAL
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