Juntos, os dez maiores infratores ambientais do país somam R$ 375 milhões em multas, equivalente a 78% do total das atuações dadas pelo Ibama em todo o país
A ação criminosa dos dez maiores infratores ambientais do país foram responsáveis pela queimada de uma área total de 7.420 km² de vegetação nativa na amazônia, no cerrado e no pantanal, segundo dados de multas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A área devastada corresponde a quase cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo, que possui 1.521 km².
O Instituto aplicou uma série de multas milionárias aos infratores. Segundo a Folha, que teve acesso a detalhes de cada um dos 133 autos de infração emitidos pelo Ibama até 18 de outubro, cada multa contém informações sobre a área queimada, o que motivou o incêndio, quem foi o responsável pelo dano e por quê. Os casos são relacionados especificamente a queimadas criminosas ocorridas neste ano.
Entre os 10 casos mais graves, 6 foram punidos com a multa máxima permitida por lei, de R$ 50 milhões. Dentre esses, estão duas empresas: Rumo Malha Oeste, uma concessionária de ferrovia da Rumo Logística, e a Trill Construtora, empresa terceirizada que realizava serviços ferroviários na região de Corumbá, localizada no pantanal de Mato Grosso do Sul.
Segundo o Ibama, os infratores ambientais foram responsáveis por provocar um incêndio de 17,8 mil hectares de vegetação nativa, em uma área de “especial preservação, sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente”.
A Folha tentou contato com outros 6 dos 10 acusados que receberam as multas ambientais mais altas, mas não conseguiu resposta ou não encontrou o autuado.
Comentários