A Terra Indígena Yanomami, localizada em Roraima, está enfrentando um renovado desafio com o retorno da atividade garimpeira. Segundo a Hutukara Associação Yanomami, desde agosto deste ano, foram registradas 15 denúncias apontando para uma retomada do garimpo ilegal na região.
O Ministério Público Federal de Roraima reconheceu essa situação preocupante. Em entrevista ao site UOL, o promotor da República Alisson Marugal relatou a observação de uma reativação das atividades garimpeiras, especialmente nos locais com maior desmatamento. Ele destaca que, até setembro e outubro, houve maior engajamento do Exército na região.
As denúncias da Hutukara Associação Yanomami são graves e incluem relatos de estupros de indígenas e invasões de casas por garimpeiros
Para evitar a fiscalização, esses grupos ilegais têm operado predominantemente à noite. Documentos da comunidade Yanomami detalham que os garimpeiros estão se adaptando, evitando derrubar árvores e utilizando helicópteros e aviões, aproveitando-se da fragilidade governamental.
Os garimpeiros estão trabalhando de madrugada em áreas já aberta, sem derrubar árvores, para evitar a fiscalização – Bruno Kelly/Amazônia Rea/HAY
Lideranças locais apontam que, desde setembro, houve uma redução nas operações das Forças Armadas na área, o que teria facilitado o retorno e a consolidação do garimpo ilegal. Essa situação contrasta com os esforços do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que há quase um ano havia conseguido expulsar o garimpo da Terra Indígena Yanomami, com os militares assumindo o monitoramento da região.
A situação atual na Terra Indígena Yanomami destaca a necessidade contínua de vigilância e ação enérgica contra a exploração ilegal, para proteger tanto o meio ambiente quanto as comunidades indígenas vulneráveis.
*Texto com informações BRASIL DE FATO
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