O documento orienta as atividades de apoio da ONU ao Brasil para a Agenda 2030, refletindo as prioridades do país e fortalecendo sua liderança global.
O governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas (ONU) assinaram o novo Marco de Cooperação Brasil-ONU (UNSDCF) 2023-2027, em Brasília, nesta terça-feira (1º). Este documento principal orienta o planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das atividades da organização que visam apoiar o Brasil no cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Uma visão brasileira
Além de definir a cooperação entre as entidades, o Marco também expressa a visão do Brasil sobre seus próprios desafios, pontos fortes e prioridades nas atividades da ONU que têm impactos diretos no desenvolvimento sustentável do país.
O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, enfatizou o significado do novo Marco. Ele afirmou que “é um documento que fornece um marco orientador desta parceria para a implementação da Agenda 2030. É inclusivo, elaborado com base em amplas consultas à sociedade civil.“
Expectativas globais e contribuições locais
A vice-secretária geral da ONU, Amina Mohammed, em visita ao Brasil, expressou a esperança de progresso com o novo acordo. Ela declarou: “A assinatura desta estrutura de cooperação, que aprofunda a relação com o Brasil, tem a esperança de que possamos alcançar, não apenas os resultados aqui, no país, em direção à Agenda 2030, mas também levar para a cooperação triangular Sul-Sul, enfatizando o papel de liderança que o Brasil tem a oferecer ao mundo.”
O novo Marco de Cooperação foi elaborado com referências ao Plano Plurianual (PPA) do Brasil e à Estratégia Federal de Desenvolvimento 2020-2031.
Detalhes do marco de cooperação
O UNSDCF 2023-2027 reflete as contribuições do Sistema das Nações Unidas para o Brasil, orientando a atuação das 21 agências especializadas, fundos e programas da organização com base nas políticas nacionais de desenvolvimento sustentável.
Os cinco eixos temáticos do documento são: “Transformação Econômica”; “Inclusão Social”; “Meio Ambiente e Mudança do Clima”; “Governança e Capacidade Institucional”; e “Prevenção de Conflitos e a relação entre Ações Humanitárias, Ações de Desenvolvimento e Esforços de Consolidação da Paz”.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou a importância deste momento para a articulação das agendas da ONU e do Brasil. Ele afirmou: “Somos parceiros no combate à fome no mundo, à miséria e na construção de um desenvolvimento que possa ser economicamente viável a todos, socialmente justo, ambientalmente equilibrado e democraticamente inclusivo.”
Contribuição da sociedade civil
A elaboração do UNSDCF contou com a participação de 165 representantes de 18 instituições dos três poderes da República. A sociedade civil também teve voz durante todo o processo, com a plataforma Participa+Brasil e as redes sociais da ONU recebendo contribuições de mais de 21 mil pessoas.
Com informações da Agência Brasil
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