Mateus Marchetto – SoCientifica
Pesando menos que uma moeda, e com apenas 5,7 cm de comprimento em média, o beija-flor-abelha é a menor ave do planeta de acordo com o Guinness World Records. A ave tem em média 1,6 gramas e só pode ser encontrada em Cuba.
O pequeno beija-flor é uma das aves endêmicas de Cuba, especialmente da Ilha Juventude, que também é parte da nação. Ou seja, a espécie, que tem o nome científico Mellisuga helenae, não existe naturalmente em nenhum outro lugar do planeta. Justamente por isso o pássaro recebe o status de “quase ameaçado” pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
As comunidades de observadores de aves crescem ano a ano e, como não poderia deixar de ser, a menor ave do mundo está nos radares dos aficionados por aves. Contudo, apesar do bicho ser relativamente comum em Cuba, achá-los na natureza não é fácil devido ao seu tamanho tão reduzido.
Assim como a maioria das espécies de beija-flor, estes animais são polinizadoresimportantes do ecossistema cubano. O animal se alimenta do néctar e estima-se que um único M. helenae pode visitar 1.500 plantas em apenas um dia. Eles também podem se alimentar de pequenos insetos e aranhas.
Características da menor ave do planeta
As fêmeas e machos do colibri-abelha (outro nome para o mesmo animal) são diferentes uns dos outros – ou seja, possuem dimorfismo sexual. Os machos são geralmente menores que as fêmeas, e possuem penas iridescentes no pescoço. Em épocas reprodutivas, a cabeça dos machos também fica colorida de vermelho. A fêmea, por outro lado, tem as costas com penas em tons de azul e verde, e o ventre branco.
Como era de se esperar, essa espécie também tem os menores ovos conhecidos, aproximadamente do tamanho de ervilhas. Cada um desses colibris pode viver até 10 anos, mas o ciclo de vida é bastante curto: cada ovo eclode em 21-22 dias, e após mais 18 dias os filhotes deixam o ninho.
Essas pequenas aves podem voar a 48 km/h e até 34% de toda a massa muscular é composta de tecidos especializados no voo. Suas asas podem bater até 90 vezes por segundo.
O texto foi publicado originalmente em SoCientifica
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