Com 228 projetos de hidrogênio verde (H2V) anunciados pelo mundo, os investimentos previstos no setor já somam mais de US$ 80 bilhões.
E a estimativa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio) é que este mercado movimente 47 bilhões de dólares nos próximos dez anos.
A Alemanha do lado da demanda, e o Brasil do lado da oferta, devem tomar uma fatia desse montante.
O compromisso de reduzir suas emissões de carbono em 55% nos próximos cinco anos e ser neutra até 2045 tem levado a Alemanha a investir pesado no desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde (H2V), com interesse especial pelo Brasil.
“O Brasil tem a maior base de empresas alemãs do mundo. Na parceria com a Alemanha, o Brasil tem destaque”, afirma Ansgar Pinkowski, gerente de inovação e sustentabilidade da AHK Rio.
Pinkowski participou do lançamento do programa Minas do Hidrogênio, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) nesta quinta (12).
Segundo o executivo, 66% das empresas alemãs que já estão trabalhando com hidrogênio verde possuem subsidiárias no Brasil.
O que deve beneficiar o país com plano alemão de destinar € 9 bilhões para desenvolvimento de tecnologias ligadas ao H2V. Desse total, € 2 bi serão para parcerias internacionais.
O plano também inclui a realização de leilões internacionais para fornecimento de H2V pelos próximos dez anos.
De acordo com levantamento apresentado por Pinkowski, até 2025, os países que representam 80% do PIB mundial já terão apresentado suas estratégias nacionais para o hidrogênio.
“Isso abre uma oportunidade econômica gigantesca para países como o Brasil”, disse.
“Não conheço nenhum outro país que tenha tantas condições favoráveis como o Brasil. Talvez a Austrália”, completou.
Fonte: EPBR
Comentários