A Fundação SOS Mata Atlântica divulgou ontem os novos dados do Atlas da Mata Atlântica, levantamento que acompanha desde 1989 a situação do bioma mais destruído do Brasil. Entre 2019 e 2020, o desmatamento se intensificou em dez dos 17 estados do bioma – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo. Nos quatro últimos, o aumento superou a marca de 100%, sendo que o caso de SP é ainda mais devastador: crescimento de 400% no último ano.
Em 2020, a Mata Atlântica perdeu pouco mais de 13 mil hectares, número 9% menor do que o registrado entre 2018-2019 (14,3 mil hectares), mas 14% maior do que aquele apontado em 2017-2018 (11,3 mil hectares) – o menor valor da série histórica. “Mesmo que tenhamos uma diminuição de 9% do desmatamento em relação a 2018-2019, ali o aumento havia sido de 30%, então não podemos falar em tendência de queda”, explica Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica.
No ranking de estados que mais desmataram, três seguem no topo da lista: Minas Gerais (4.701 mil hectares), Bahia (3.230 hectares) e Paraná (2.151 hectares). Junto de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul, respectivamente o quarto e o quinto da lista, eles acumulam 91% da perda de vegetação da Mata Atlântica em 2019-2020.
Outro dado que preocupa é o fato de estados que já estiveram próximos de zerar o desmatamento voltaram a mostrar aumentos expressivos, como São Paulo e Espírito Santo. BBC Brasil, CNN Brasil, Deutsche Welle, Estadão, Folha, G1, O Globo e Valor, entre outros, noticiaram o levantamento.
Fonte: ClimaInfo
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