“Um dos maiores desastres ambientais da história moderna”. É assim que cientistas de diversas universidades da Austrália consideram o que aconteceu entre o fim de 2019 e o início de 2020, quando incêndios florestais devastaram o país. Um estudo encomedado pelo WWF-Austrália apontou que o fogo queimou 12,6 milhões de hectares de florestas e matas e quase 3 bilhões de animais foram afetados pela tragédia.
Agora um projeto liderado pela iniciativa privada pretende recuperar parte do que foi destruído. Uma parceria entre a empresa farmacêutica AstraZeneca e as organizações OneTreePlanted, EverGreening Alliance e Greening Australia vai promover o plantio de 25 milhões de árvores, nos próximos cinco anos, em áreas degradadas pelas chamas.
A expectativa é que 20 mil hectares sejam reflorestados e ajudem a recuperar o habitat de milhares de espécies, muitas delas, ameaçadas de extinção, como os coalas. A previsão é ainda que 4,25 milhões de toneladas de dióxido de carbono, gás apontado como principal responsável pelo aquecimento global, sejam absorvidas da atmosfera pelas árvores, nos próximos 25 anos.
A iniciativa da AstraZeneca faz parte de um projeto global da companhia, o AZ Forest -, para se tornar carbono neutra em 2025. No mundo inteiro, a empresa pretende financiar o plantio de 50 milhões de árvores.
“A pandemia da COVID-19 nos ensinou que nossa sociedade é mais frágil do que pensávamos e que o mundo precisa se unir antes que enfrentemos desafios ainda mais difíceis de superar, como uma catástrofe ambiental. Nosso programa ajudará a apoiar um ambiente saudável para as comunidades locais e contribuirá para o cumprimento das ambiciosas metas de mudança climática da AstraZeneca”, afirma Pascal Soriot, CEO da farmacêutica.
Nos países que farão parte do AZ Forest, o programa garantirá que comunidades locais sejam impactadas positivamente por ele, que apenas espécies nativas sejam usadas e que seja realizado um monitoramento do desenvolvimento das árvores até três anos após seu plantio.
No caso da Austrália, foram escolhidas espécies como Eucalyptus punctata e Eucalyptus melliodora, árvores que são o principal habitat e fonte de alimentos para os coalas. Estima-se que aproximadamente 10 mil deles morreram devido aos incêndios de 2019 – cerca de 12% da população teria sido perdida.
Fonte: Amazonas Atual
Comentários