Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro, pressiona por comprometimento dos países ricos no combate à mudança climática e planeja cobrar Emmanuel Macron sobre o acordo Mercosul-UE, destacando o papel do Brasil em liderar a agenda de sustentabilidade global.
Geraldo Alckmin, ocupando simultaneamente os cargos de vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, fez um apelo por maior dedicação dos países desenvolvidos em buscar soluções globais para enfrentar a mudança climática, destacando a “necessidade urgente” de ação diante dos recordes de temperatura alcançados em 2023.
“Os ricos poluem e os pobres pagam a conta. E dentre os pobres, os mais pobres ainda pagam [mais] a conta”, declarou ele na quarta-feira (27).
Evento sobre biocombustíveis
Este apelo foi feito durante sua participação em um evento organizado pela Frente Parlamentar do Biocombustível, que contou também com a presença dos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, além de legisladores e figuras do setor agropecuário.
Alckmin ressaltou a posição do Brasil como potencial líder nas discussões globais sobre segurança alimentar, energética e na luta contra as mudanças climáticas. No entanto, reiterou a necessidade de um comprometimento maior por parte das nações desenvolvidas, mencionando uma futura conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o progresso do acordo de cooperação entre Mercosul e União Europeia.
“Eu estou indo para São Paulo, o presidente Macron está indo para São Paulo. Nós vamos ter um encontro na Fiesp [Federação da Indústria do Estado de São Paulo] e eu vou cobrar o acordo Mercosul-União Europeia”, afirmou.
Encontro com Macron
Durante a visita de Macron ao Brasil, onde ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutem principalmente o desenvolvimento sustentável, Alckmin planeja abordar a importância dos biocombustíveis, um setor que tem recebido investimentos significativos de países como Estados Unidos e Índia. Ele enfatizou a importância de um projeto de lei recentemente aprovado na Câmara dos Deputados para a segurança jurídica do mercado de biocombustíveis.
Além disso, defendeu a implementação da Reforma Tributária como um passo crucial para o desenvolvimento de uma agroindústria nacional focada em energia limpa e combustíveis menos poluentes.
Ao término do evento, Alckmin, juntamente com os ministros, parlamentares e representantes do agronegócio, posou para uma fotografia diante de um caminhão alimentado inteiramente por biodiesel. Este gesto simbolizou o apoio do setor agrícola a alternativas mais sustentáveis ao diesel fóssil, reforçando o compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Com informações da Folha de São Paulo
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