É grave a situação de vários municípios e do povo ribeirinho. É imperioso insistir na conciliação da preservação ambiental da natureza e do desenvolvimento socioeconômico, cumprindo exigências plausíveis na conservação ambiental e bom senso em soluções de ordem logística, criando infraestrutura que melhore a qualidade de vida do povo, principalmente do interior da Amazônia em ocasiões de baixa do nível dos rios.
Por Antonio Silva
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A importância do Amazonas no cenário da política ambiental internacional tem como legado principal o alto índice de preservação da floresta, que influencia diretamente no meio ambiente e interage com outros elementos naturais diretamente no clima. Infelizmente outros eventos desastrosos provocados pelo homem tem acelerado o aquecimento global, não poupando nem mesmo nossa região, que agora sofre a implacável resposta da natureza, em forma de estiagem das chuvas e seca dos rios.
Podemos colaborar para amenizar os problemas climáticos e ter esperanças de melhorar o nosso futuro, investindo decisivamente para erradicar queimadas, combater desmatamentos e garimpos ilegais, já que possuímos o maior abrigo da biodiversidade mundial.
Mas, independe do nosso esforço para preservar o bioma e evitar as graves consequências climáticas, como falta de chuva e seca dos nossos rios, mesmo fazendo praticas saudáveis ou menos agressivas ao bioma e ao clima, para que ele se torne mais ameno. Aqueles que poluem, desgraçadamente, são em número superior e em escala mundial, despejam resíduos nos oceanos e rios, jogam gazes na atmosfera, eliminando camadas de ozônio e provocando o efeito estufa que aumenta a temperatura.
O Polo Industrial de Manaus (PIM) nos forneceu opções econômicas que possibilitaram a absorção do contingente de pessoas que, se não fossem empregadas no setor produtivo da Zona Franca de Manaus (ZFM), certamente estariam pressionando a floresta e utilizando-se dela de forma predatória, agravando ainda mais as consequências climáticas adversas.
Nossas principais vias de abastecimento e transporte de cargas e passageiros, que são os nossos rios, estão gravemente afetadas pela seca, justificando a necessidade premente de conexões logísticas terrestres que possam ser combinadas com outros modais abrindo novas opções de transporte para o atendimento de toda a região, principalmente dos municípios do interior, para abastecimento de produtos essenciais para a população, insumos para a indústria e distribuição da sua produção.
É grave a situação de vários municípios e do povo ribeirinho. É imperioso insistir na conciliação da preservação ambiental e do desenvolvimento socioeconômico, cumprindo exigências plausíveis na conservação ambiental e bom senso em soluções de ordem logística, criando infraestrutura que melhore a qualidade de vida do povo, principalmente do interior da Amazônia em ocasiões de baixa do nível dos rios.
Unindo forças de lideranças políticas, empresariais e de governos na defesa do nosso bioma, poderemos contribuir concretamente para sanar grande parte dos graves problemas causados pelas mudanças climáticas em nossa região, fazendo parcerias em pesquisas e práticas científicas, investindo em tecnologia e inovações capazes de amenizar os problemas, além de explorar racionalmente os recursos naturais amazônicos, interconectando as tecnologias de bases microeletrônicas e biotecnológicas, sem graves agressões ao meio ambiente e ao clima regional.
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Antônio Silva é administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
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