Carlos Nobre afirma que a saída é evitar a escalada do aquecimento global. “É muito importante, para evitar esses desastres ambientais no futuro, o Brasil e o mundo alcançarem as metas do Acordo de Paris para não deixar a temperatura subir acima de 1,5ºC. Esse é o maior desafio que a humanidade já enfrentou: reduzir pela metade as emissões até 2030 e zerar as emissões até meados do século”
Para o cientista e pesquisador Carlos Nobre, o desafio é evitar a escalada do aquecimento global
Em entrevista ao site Congresso em Foco, o cientista brasileiro referência mundial em mudanças climáticas, o meteorologista e climatologista Carlos Nobre adverte que os desastres ambientais no Brasil, como o ocorrido nos últimos dias no Litoral Norte de São Paulo, serão cada vez mais frequentes e graves.
“Esse é o risco decorrente de nós continuarmos aquecendo o planeta, continuarmos lançando gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano, óxido nítrico, entre outros. Se continuarmos aumentando, em 2023 teremos o recorde de emissões no planeta, vamos manter o aumento da temperatura e esses fenômenos que vivenciamos hoje serão brincadeira perto do futuro”, diz o cientista.
Carlos Nobre afirma que a saída é evitar a escalada do aquecimento global. “É muito importante, para evitar esses desastres ambientais no futuro, o Brasil e o mundo alcançarem as metas do Acordo de Paris para não deixar a temperatura subir acima de 1,5ºC. Esse é o maior desafio que a humanidade já enfrentou: reduzir pela metade as emissões até 2030 e zerar as emissões até meados do século”, frisou.
Segundo ele, no longo prazo, a prioridade é concentrar em políticas para tirar nossas 10 milhões de pessoas de áreas de risco.
“A maioria destas, inclusive, vive em áreas de alto risco: regiões em que não há solução da engenharia para tornar seguras, em que a única solução é tirar as pessoas dali”, defende.
Texto publicado em Brasil 247
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