Projeto da batedeira de açaí foi desenvolvido por duas estudantes de engenharia elétrica da Unifap. Instituto Nacional da Propriedade Industrial concedeu patente de modelo de utilidade.
Por Rafael Aleixo – g1 AP
Uma batedeira de açaí movida a energia solar no Amapá foi patenteada. A ideia foi desenvolvida durante o trabalho de conclusão de curso das alunas Allana Feijão e Anita Almeida, egressas do curso de engenharia elétrica da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
O projeto “Despolpadeira fotovoltaica de açaí” passou a ser reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) como modelo de utilidade e agora está no banco de registros do instituto.
A ideia surgiu após um intercâmbio realizado pelas estudantes no programa Ciências Sem Fronteiras. Durante um ano nos Estados Unidos, elas se especializaram na área de energia renovável.
A vontade de aliar energia solar com foco social foi fundamental para a ideia dar certo, como descreveu o professor Alaan Ubaiara Brito, orientador do projeto.
“Elas participaram do intercâmbio do programa e começaram a trabalhar com energias renováveis fora do Brasil. Aqui eu já tinha em mente trabalhar com o desenvolvimento de tecnologias sociais tendo como fonte a energia solar para auxiliar as atividades produtivas na zona rural da Amazônia”, descreveu o pesquisador.
A proposta do projeto é facilitar o trabalho de ribeirinhos, extrativistas e remanescente de quilombo, que processam a fruta manualmente.
O projeto surgiu em 2016 e o recurso para a implementação do protótipo que foi através do Prêmio Samuel Benchimol, quando as alunas ficaram em 1º lugar.
A inovação da batedeira de Açaí
A batedeira possui um sistema isolado de acoplamento onde as placas solares estão conectadas diretamente a batedeira de açaí, por intermédio de um conversor de frequência.
“É um sistema que dispensa o uso de baterias e assim é um sistema que se paga em menor tempo e tem maior durabilidade. E a patente funciona como uma proteção de todo o sistema que foi produzido”, explicou.
A solicitação começou através do Núcleo de Inovação (NTI) da Unifap, de onde partiu a solicitação.
O pesquisador explicou que existem dois tipos de patentes, a de invenção, que é um produto novo e a patente de modelo de utilidade, onde se desenvolve um produto a partir de outro que já existe.
Texto publicado originalmente em g1 – Amapá
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