Continuar tocando o PIM como vem fazendo, e bem, e contribuir para dinamizar as bases da desejada e potencial produção biológica da ABS, perseguida há tempo, poderá ensejar ao general o patrocínio da futura “Suframa – Superintendência do Fomento Rural da Amazônia”.
Por Juarez Baldoino
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“Suframa – Superintendência do Fomento Rural da Amazônia” poderia ser o novo batismo da Superintendência da Zona Franca de Manaus, seu nome original e oficial.
Desde que o PR Bolsonaro despolitizou o órgão em 2019 nomeando primeiro o coronel Alfredo Menezes, de sua confiança, que posteriormente se desligou por ter aspirações políticas, sua dinâmica operacional foi redirecionada.
Menezes, entre outros feitos importantes, promoveu destaque nacional da ZFM trazendo o Presidente da República para a primeira reunião de sua gestão em julho de 2019.
Agora, sob o profícuo e competente comando do general Algacir Polsin que substituiu o coronel Menezes, e junto com sua eficiente equipe, a autarquia tem dado especial ênfase ao agronegócio amazônico com ações de apoio, fomento e facilitação.
Uma das iniciativas de Polsin, estrategista e ex-comandante do CMA – Comando Militar da Amazônia, envolvendo ainda atividades de outras áreas, foi a realização do 1° Encontro de Agenda Estratégica de Diversificação Econômica para o Desenvolvimento no Contexto do Projeto Amazônia 2040 aberto em 30/06/2022 pela Suframa.
Em outro evento, a Expo Amazônia, feira de Bio Tecnologia encerrada em 02/07/2022 com grande sucesso, mostrou importantes possibilidades de uso de tecnologias, entre outras, voltadas ao agronegócio em geral, também com apoio da Suframa onde se deu inclusive o lançamento do evento em maio/22.
O rebatizado CBA – Centro de Bionegócios da Amazônia está finalmente em processo de escolha da entidade gestora através de edital lançado em 06 de maio/22, e é outra iniciativa do guerreiro de selva.
Polsin também retomou iniciativas para revitalizar o DAS- Distrito Agropecuário da Suframa que abrange os municípios de Manaus, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, com a licitação em março/22 de 244 lotes nas áreas agricultáveis que tem projeção de faturar R$ 100 milhões por ano.
Na região de Abunã-Madeira, ao Sul do estado do Amazonas, e envolvendo os Estados de Rondônia e Acre, a Suframa também está inserida no projeto da ZDS – Zona de Desenvolvimento Sustentável, capitaneada pela Sudam- Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, do qual participam diversos outros órgãos.
Sinergia é o mote do general, o que produz concentração de esforços em torno de metas comuns e por isto com melhor eficiência no desempenho geral.
Como a Suframa tem prazo de vigência até 2073, este esforço na direção de novos vetores econômicos que substituam o PIM – Polo Industrial de Manaus, no caso do Amazonas, até pode no futuro motivar de fato o rebatismo para a nova Suframa, a de fomento agroindustrial, que estaria voltada para a biota amazônica e não mais para cuidar de IPI, de Imposto de Importação e de PPB – Processo Produtivo Básico, este último uma exigência pra aprovar projetos industriais atualmente e que seria extinto.
Apesar das discussões sobre os novos vetores econômicos que no futuro substituiriam o PIM incluírem também a mineração, esta é uma atividade que não tem relação com a chamada ABS – Amazônia Biológica de Superfície.
Ferro, ouro, potássio e outros minerais são explorados a partir do subsolo, e estão presentes também na Austrália, Canadá, Goiás ou Minas Gerais, em nada relacionados à Amazônia, e, portanto, não estão no radar do DAS ou do PIM ou da ZDS.
Porque a mineração, desconexa da ZFM, não teve ainda desenvoltura no Amazonas, é uma outra discussão.
Continuar tocando o PIM como vem fazendo, e bem, e contribuir para dinamizar as bases da desejada e potencial produção biológica da ABS, perseguida há tempo, poderá ensejar ao general o patrocínio da futura “Suframa – Superintendência do Fomento Rural da Amazônia”.
Amazonenses agradecerão, e Ruy Araújo decerto o homenagearia.
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