Documento, desenvolvido pela SOS Mata Atlântica, lista ações que devem ser tomadas pelos próximos governantes e parlamentares para evitar colapso ambiental
Candidados de todo Brasil devem receber, a partir desta semana, uma carta com propostas urgentes relacionadas à conservação do meio ambiente e à mitigação das mudanças climáticas. O documento, intitulado “Retomar o Desenvolvimento”, foi produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e tem o objetivo de subsidiar políticos, em suas diferentes esferas de atuação, no próximo mandato.
A carta traz propostas para oito temas: Mudança do Clima, Mata Atlântica, Florestas, Valorização de Parques e Reservas, Gestão e Governança, Água Limpa, Instrumentos Econômicos e Proteção do Mar.
A ideia principal do documento é mostrar aos futuros gestores que o fim do desmatamento, a restauração dos biomas brasileiros e o controle das emissões nacionais são estratégicos para o cumprimento da meta do Acordo de Paris.
“Para que os eventos climáticos extremos que temos acompanhado não ocorram com mais intensidade e impactos, é fundamental limitarmos o aquecimento global até 2030, substituindo o atual modelo de queima de combustíveis fósseis por energias limpas e renováveis. São apenas oito anos até esse ponto de inflexão”, diz nota da SOS sobre a carta.
Segundo a diretora de políticas públicas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, os compromissos apresentados no documento podem ser plenamente atendidos até 2030 e precisam constar dos programas de Governo dos futuros mandatários.
“Tudo o que destacamos na carta é absolutamente viável, mas é preciso que seja executado por parcerias qualificadas entre governos, sociedade civil, setor privado e academia, sempre com transparência e participação”, diz a diretora.
A carta será apresentada ao longo dos próximos meses a candidatos à presidência da República, ao Congresso Nacional, aos governos estaduais e às assembleias legislativas.
Em maio passado, os candidatos à presidência já receberam um documento de 73 organizações da sociedade civil com as principais medidas que o próximo ocupante do Palácio do Planalto poderá adotar para reverter a atual situação de desmonte da política ambiental do país.
Fonte: O Eco
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