Julio Cesar Bogiani
Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira
Ana Luíza Dias Coelho Borin
Valdinei Sofiatti e Fabiano José Perina
Os solos agrícolas, além de sustentarem a produção de grãos e algodão, são potenciais acumuladores de carbono. Entretanto, cada solo responde de forma diferenciada à produção a aos serviços ambientais, conforme o tipo de solo, ambiente, manejo e plantas cultivadas. Neste estudo, foi avaliada a quantidade de carbono sequestrada por sistemas de produção, considerando a quantidade contida no solo, na biomassa de cobertura e nos produtos colhidos. O desenho experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e com os tratamentos: preparo convencional do solo (PC) e monocultivo de soja (T1), milho (T2) ou algodão (T3); sistema plantio direto (SPD) com rotação de soja e milho + braquiária (T4); milho + braquiária, algodão e soja + crotalária na sucessão (T5); soja + sorgo na sucessão e algodão (T6); e Cerrado nativo (T7). O estoque de carbono no solo até 0–40 cm, na média dos tratamentos sob SPD foi 28% superior ao obtido no PC, e 33% superior ao Cerrado nativo. O SPD aumentou o carbono no solo a uma taxa média anual de 3,47 Mg ha-1. Considerada a soma do carbono contido no solo, na biomassa de cobertura ao fim de seis anos e na produção colhida neste período, todos os tratamentos sob SPD sequestraram mais carbono, com média 31% superior em relação ao PC. Conclui-se que o SPD, em solo arenoso no Extremo Oeste Baiano, além de garantir maiores produtividades de algodão, milho e soja, é mais eficiente que o PC em sequestrar o C atmosférico.
Fonte: Embrapa
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