“Estamos apenas recomeçando, diz a empresária Régia Moreira Leite, mas temos certeza de que esta energia boa é sobretudo saneadora. Basta as pessoas aspirarem o oxigênio do Bem para encher os pulmões de saúde e de esperança de que tudo vai se ajeitar.“
Alfredo Lopes
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Nesta terça-feira, os presidentes que compõem a Convergência Empresarial da Amazônia-CEA reuniram-se para debater a situação dramática da Pandemia no Amazonas, ampliada pelo número assustador de pessoas contaminadas, com muitos óbitos e desesperança no tecido social. As prioridades são muitas, EPIs, Refeições, Cesta Básica, Água e oxigênio. E é difícil escalar as mais prementes. Uma delas, porém, crucial para a vida, conforto e continuidade da existência, é o oxigênio. “Isso nos obriga a redobrar os esforços e a entrega, o oxigênio é a origem, o meio e não pode ser o fim da vida”, disse Wilson Périco, presidente do CIEAM e coordenador da CEA.
Dever de casa
Indagado sobre o perfil solidário das empresas, ele foi enfático: “Todas as empresas já fazem direitinho seu dever de casa, gerando empregos e oportunidades, pagando impostos e doando aquilo que sua condição permite. Solidariedade é sentimento de cada um e cada qual vive e expressa do seu jeito”, arrematou Périco. No mais, os presidentes reafirmaram o compromisso, como se deu em 2020, e se mostraram mais determinados a continuar a luta das mãos estendidas. São eles: Antônio Silva, FIEAM, Luiz Augusto, Conselho CIEAM, Jorge Nascimento Júnior, ELETROS, Marcos Fermanian ABRACICLO e Wilson Périco, CEA, entidades que congregam o as empresas do Polo Industrial da Zona Franca de Manaus.
O2 e H2O, oxigênio e água
Entre as empresas associadas à Eletros, do setor de eletroeletrônicos, a ação foi imediata. Todas elas trabalham com oxigênio e a resposta não se fez esperar. Desde ontem, tão logo confirmada a notícia da escassez de O2, as empresas trataram de direcionar para os hospitais de Manaus os tubos do precioso gás que estavam desembarcando em Manaus para suas fábricas. Na mesma marcha solidária, a coordenadora da Ação Social Integrada-ASI, Régia Moreira Leite, da Convergência Empresarial da Amazônia, conseguiu junto à empresa de água mineral Yara um primeiro lote de 2500 unidades que, momento seguinte, já foram distribuídos aos pacientes em espera de atendimento do Hospital Platão Araújo e do Hospital Pronto-Socorro João Lúcio. Ali, foram colocadas barracas gigantes onde os doentes recebem os primeiros socorros. Também foram entregues nas salas de emergência. Um lote considerável foi distribuído no Hospital Pronto-socorro 28 de Agosto. Os trabalhadores da Saúde já se apressaram em distribuir as garrafas. A empresa de VV refeições se dispôs a contribuir com lanches para quem aguarda internação e, outra empresa que atua naquela unidade hospitalar, por encomenda da ASI, vai produzir 400 lanches para entregar nos hospitais onde a demanda é maior. As pessoas que são atendidas nas UBS do município também estão precisando de muita doação. O Sindicato das Indústrias de Bebidas já se prontificaram a atender algumas demandas da UBS. Toda ajuda será bem-vinda.
Solidariedade não tem preço nem preguiça
Outra demanda são dos EPIs por parte dos profissionais da Saúde. Agora nós vamos entregar nas instituições que mais precisam. Contamos com EPIs, especialmente face shield, ajuda da Maza Plastico, da Visteon, e da Tutiplast, do companheiro Cláudio Barrela. Nesta terça-feira, a Caloi, Calcomp, Technos e outras empresas já começaram a ligar para dizer que vão doar cestas básicas, EPIs entre outras ajudas. “Estamos apenas recomeçando”, diz a empresária Régia Moreira Leite, mas temos certeza de que esta energia boa é sobretudo saneadora. Basta as pessoas aspirarem o oxigênio do Bem para encher os pulmões de saúde e de esperança de que tudo vai se ajeitar.“. A Solidariedade não tem preço nem preguiça. Ela é curica que já está novamente pegando vento.
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