Deflagrada em maio deste ano, a Operação Akuanduba, que investiga um suposto esquema de contrabando de madeira e favorecimento de madeireiras, tem deixado um rastro de exonerações no Ministério do Meio Ambiente, a maior delas a do próprio Ricardo Salles. Enquanto Eduardo Bim retornou à presidência do Ibama na última semana, após cumprir 90 dias afastados por ordem cautelar STF, foi publicada nesta segunda-feira (23) a exoneração de outros três nomes investigados no caso. Duas delas, de servidores do Ibama, foram assinadas pelo próprio Bim. O terceiro exonerado foi Wagner Tadeu Matiota, Tenente-Coronel da Policia Militar do Estado de São Paulo, que ocupava o cargo de superintendente de Apuração de Infrações Ambientais do Ibama desde dezembro de 2020. Com isso, dos nove nomes afastados em maio pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, sobram apenas quatro no quadro do ministério.
Além de Matiota, foram exonerados nesta segunda dois analistas ambientais de carreira: André Heleno Azevedo Silveira, Coordenador de Inteligência de Fiscalização, e Leslie Nelson Jardim Tavares, Coordenador de Operações de Fiscalização. Ambos atuavam dentro do guarda-chuva da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama, a Dipro. Coincidência ou não, também foi publicada nesta segunda-feira a exoneração do responsável pela coordenação geral de Fiscalização Ambiental, também dentro da Dipro, o tenente-coronel da PM Ricardo José Borrelli. O militar assumiu a posição em novembro de 2020 e não é citado na investigação pelo ministro do Supremo.
Apesar da exoneração contar a partir de 5 de agosto, ou seja, estar definida há quase 20 dias, ainda não foi nomeado outro coordenador. Com a saída de Borrelli, são quatro os cargos de chefia vagos atualmente na Dipro. Além da coordenação geral de fiscalização (CGFIS), que era ocupada pelo PM, também está vaga a Coordenação de Operações de Fiscalização (COFIS), a chefia da Divisão de Apoio Operacional à Fiscalização (DIOPE), e a Coordenação de Inteligência de Fiscalização (COINF).
Fonte: O Eco
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