Na última 4ª feira (5/5), o governo federal decidiu suspender os limites atrelados ao acionamento de usinas termelétricas e à importação de eletricidade no Brasil para os próximos meses, em virtude do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e a chegada da estação seca na maior parte do país. A decisão facilita a ampliação da geração termelétrica fora da ordem de mérito e a compra de energia da Argentina e do Uruguai sem limitações de montantes e preços associados. Com a decisão, a ideia do governo é acionar todas as usinas termelétricas em condições operacionais no país para evitar uma situação de desabastecimento elétrico nos próximos meses.
O ministro de minas e energia, Bento Albuquerque, reconheceu ao Poder360 que o Brasil passa pela maior crise hídrica em 90 anos. A situação é preocupante: segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), a temporada chuvosa de 2020-2021 foi a pior desde a criação do Sistema Interligado Nacional (SIN), em 1931. Os reservatórios dos Sudeste e Centro-Oeste estão no pior nível desde 2015, com 34,3%. Caso nada seja feito, o nível pode chegar a 14,9% em novembro. O Estadão também repercutiu a decisão do governo.
Enquanto isso, a Engie Brasil prevê se desfazer de seus ativos de geração termelétrica no país até o final deste ano. Hoje, a empresa possui duas usinas, uma em Santa Catarina e outra no Rio Grande do Sul. A venda acontecerá no contexto do plano da companhia para descarbonizar seu portfólio energético. O Valor deu mais detalhes sobre a operação. O jornal também destacou a movimentação de empresas brasileiras para implementar a geração distribuída em seus escritórios e fábricas como uma forma de garantir energia a um custo mais baixo e sem depender totalmente da rede de distribuição elétrica.
Fonte: ClimaInfo
Comentários