Os EUA e a União Europeia anunciaram o Compromisso Global do Metano com a meta de reduzir em 30% as emissões deste gás (CH4) na próxima década. O metano é um gás que, num espaço de 20 anos, aquece 80 vezes mais a atmosfera do que o CO2. Assim, para manter o aquecimento global abaixo de 1,5oC nos próximos anos, reduzir as emissões de metano é tão ou mais importante do que as do próprio CO2..
Segundo a declaração do Compromisso, essa redução de 30% significa reduzir 0,2°C do aquecimento global até 2050. No entanto, é importante que outros grandes emissores de metano como Brasil, China e Índia também assumam o Compromisso. A notícia foi destaque dm Exame, Reuters, The Guardian, Financial Times, Wall Street Journal, BBC, News Trust e na AP. Vale ver e guardar o site do Methane Action com dados e discussões da comunidade científica sobre a importância de se parar de aumentar a concentração de metano na atmosfera.
Emite-se pouco de mais 300 milhões de toneladas de metano anualmente contra as dezenas de bilhões de toneladas de CO2., e mais de ¾ das emissões de metano vêm de três fontes: agropecuária (37%), extração e transporte de combustíveis fósseis (31%) e tratamento de efluentes e resíduos urbanos (18%). É mais simples tapar os vazamentos em alguns milhares de poços e dutos de petróleo e gás do que trocar os mais de 1 bilhão de carros por modelos elétricos.
Segundo o SEEG, o Brasil emite cerca de 20 milhões de toneladas de metano por ano. O arroto do rebanho bovino emite 66%, seus dejetos outros 4% e todo o tratamento de resíduos e efluentes emite 16%.
Fonte: ClimaInfo
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