Os recifes de corais são estruturas altamente sensíveis que sofrem por ameaças diversas, como pela poluição, pesca predatória e aumento da temperatura dos oceanos. As mudanças climáticas não são mais eventos previstos para o futuro, já estão ocorrendo e afetando diversos ecossistemas. É o caso dos corais da Bay Area, a Área da Baía de São Francisco, no norte da Califórnia, que estão ganhando ajuda da tecnologia para sobreviverem.
O projeto é encabeçado pelo design Alex Schofield, que combinou seu conhecimento em design computacional e pesquisa de corais para criar “esqueletos de corais” feitos com carbonato de cálcio. “O objetivo é imprimir o andaime de uma ‘casa’ na qual os organismos biológicos habitarão e desenvolverão seus novos lares e comunidades”, explica ele.
Criado em sua oficina de design, o processo é simples: o carbonato de cálcio é reduzido a um pó fino que é inserido na impressora 3D. A máquina então vai criando camada por camada, com detalhes dos cantos e fendas.
Em parceria com a escola California College of the Arts, o designer conseguiu inserir seus corais em 3D na Baía de São Francisco e o resultado não poderia ser melhor. A pesquisa e a prototipagem mostraram que o material não só contribuiu com o crescimento de corais como também de muitos outros organismos aquáticos.
“Obtemos uma quantidade muito interessante e diversificada de organismos crescendo”, afirmou Schofield ao Abc30. “Vimos ostras bebês começarem a crescer. Havia um minúsculo caranguejo que vivia lá. Existem todos os tipos de algas e microorganismos que realmente criam muitos dos alimentos e ambientes que sustentam coisas como peixes e ostras”. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, 25% da vida marinha depende dos recifes de coral.
O mais bacana do projeto intitulado “Coral Carbonate” é que a estrutura feita em 3D é moldável a diversos formatos, criando condições de vida para incontáveis organismos aquáticos. Aliás, este não é o primeiro projeto que usa impressão 3D para contribuir com a biodiversidade marinha. Em Hong Kong, pesquisadores usaram argila para criar estruturas que servem de base para regenerar corais.
Fonte: CicloVivo
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