O Estadão reportou uma análise feita pelo WWF-Brasil a partir dos dados do DETER-INPE sobre o desmatamento da Amazônia entre agosto de 2019 e julho deste ano. O levantamento mostra que mesmo áreas protegidas por lei, como Unidades de Conservação e Terras Indígenas, viveram um salto significativo no ritmo de devastação, com uma alta de 40% no desmatamento em comparação com os 12 meses anteriores.
O estudo também mostrou que a maior parte da floresta derrubada em áreas protegidas se concentrou em dez destas unidades, que juntas representaram 86% do total. A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu (PA) e a Reserva Extrativista Jaci-Paraná (RO) lideram, com 406 km2 e 108 km2 de terreno desmatado, respectivamente.
De acordo com o WWF-Brasil, este desmatamento é decorrente de “intensos processos de invasão e grilagem por grupos organizados, turbinados pela expectativa de regularização anunciada pelo governo federal”. A análise identificou também que as áreas mais vulneráveis ao desmatamento estão em regiões “com elevadas dinâmicas de mudanças no uso e na cobertura da terra e sob influência de rodovias”, como a BR-163 (Cuiabá-Santarém), entre Novo Progresso (PA) e o entroncamento com a BR-230.
No total, o DETER mostra que o desmatamento na Amazônia subiu 34,5% nesse período, atingindo uma área de 9.205 km2, equivalente a seis vezes o território do município de São Paulo.
Fonte: ClimaInfo
Comentários