Qual dos dois candidatos em questão pôs em pauta a questão Amazônica, dois terços do geopolítica nacional e, sem sombra de dúvidas, a melhor resposta para um modelo de desenvolvimento que todo o mundo procura, aquele que compatibiliza economia e ecologia?
Pois é… futricas políticas públicas à parte, uma porfia de ideologia vazia, cabe aos nativos desta oca socioambiental e cultural seguir fazendo sua parte, zombando desta geografia da exclusão e deste País sem Norte.
Não vamos virar de costas para um país à deriva à espera de um Messias que ainda não nasceu. Quem sabe valeria a pena afinar a viola serena e cantarolar a prosódia amena que o Brasil poderia escutar e essa futrica maldita poderia pautar…
Aqui seguimos sendo a maior floresta tropical da Terra, guardiões do maior reservatório de água doce do mundo. Esses dois alertas deixariam qualquer país desenvolvido a se candidatar ao cargo de líder global. Temos água e comida de que o mundo precisa… Há séculos o mundo civilizado anseia pôr a mão nesse acervo natural sem comparativos no planeta. Apenas o Brasil, deitado no berço esplêndido de sua ignorância florestal, segue indiferente à esta pauta vital que indicaria o caminho de seu labirinto gerencial, econômico e socioambiental.
Os últimos governantes do país mostraram tudo aquilo que podemos esperar de quem subirá a rampa do Poder em que a 1º de Janeiro de 2019. Há quase duas décadas, um nordestino desfigurado e aloprado prometeu responder à mais pungente indignação nacional, os salários absurdos das castas Institucionais. O caçador dos Marajás… ele era um deles e o povo o defenestrou. Depois veio um sociólogo, com ares imperiais, acompanhado de raposas intestinais. E nada de relevante regional, amazônico e socioambiental aconteceu. Em seguida, um governo com roupagem popular, aqui por aqui desembarcou e por aqui se locupletou sem nada deixar. Ou será que a prorrogação dos incentivos na frieza inócua da letra constitucional teria o condão de transformar a contrapartida fiscal na efetiva redução da imoralidade que representam as desigualdades regionais? Me poupe…
Precisamos, certamente, de continuar esse batente insistente para marcar nossa presença, sem alimentar falsas ilusões. Tudo vai seguir como está se não seguramos o bastão do que importa afirmar. Não se trata de defender o separatismo pátrio, nessa refrega absurda de nós contra eles… até porque não há consenso sobre o alcance desta conceituação estreita da solidariedade entre irmãos. É falsa essa contradição.
Nosso batente é glebário, e nossa intenção é insistir que a governança federal ponha em pauta as questões nacionais. Por acaso existe uma questão mais emergencial só que a gestão amazônica e sua integração numa política industrial, ambiental, cultural e de ciência e tecnologia…? Não temos espaço para aventuras totalitárias nem para amadores da gestão brasileira. Triste do país que precisa de salvadores da Pátria.
Em suma… viveremos doravante o mais do mesmo – seja lá o aventureiro que tomar emprestada nossa adesão. Tudo mudará na exata medida de nossa capacidade de entender revolução da Esperança, aquela que condena o esperar por saber que isso não combina com transformar. Esperar é entrar no jogo, mobilizar questionando as instituições do poder, cobrando suas contradições e reforçando suas atribuições. O que não podemos é dar a ninguém o poder de dizer o que nos convém, meu bem.
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