Nesta terça-feira, 31, na sede do Cieam o Grupo de Trabalho Fieam/Cieam/UEA/Fapeam se reuniu para formalizar os mecanismos de contratação da Fipe/FEA/USP para dar suporte aos trabalhos conjuntos. Este grupo foi criado em 2014, vale lembrar, para assegurar assento das entidades que reúnem as empresas mantenedoras da academia estadual no seu Conselho Curador. O propósito é acompanhar, sugerir e propor a gestão da academia em seu relacionamento com o setor produtivo e de ambos com a sociedade e o futuro da região.
Este histórico embasa a pauta da presente reunião, que debateu os rumos, prioridades e parcerias da presença da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da USP no Amazonas, com a discussão do documento encaminhado pela instituição ‘Diagnóstico territorial e potencialidades do Estado do Amazonas’.
Desde o início do ano, as entidades do setor produtivo estão promovendo maior interlocução institucional com instituições de ensino e pesquisa do Sudeste, mais proximamente com a USP e a FGV em São Paulo e UFMG em Minas Gerais, dentro das iniciativas de maior aproximação local entre economia e academia, notadamente com a UEA, mantida integralmente pelas empresas da ZFM, sob dois conjuntos de prioridades: o exercício do protagonismo institucional e a busca de diversificação e interiorização da economia. Caberá à UEA aportar os recursos desta contratação. Estes recursos se originam das contribuições pagas pela indústria para o Fundo UEA.
Atração de investimentos
E qual o papel do Cieam e Fieam neste propósito? Interessa às entidades oferecer, fundamentalmente, às empresas presentes no Estado e aquelas interessadas em novos investimentos, ferramentas e cenários econômicos através de indicadores que possam balizar oportunidades, rever, ampliar, diversificar negócios e oportunidades a luz de informações confiáveis e necessárias a tomadas de decisão. Com isso, o setor produtivo poderá resgatar os propósitos e projetos de interesse do Estado, emprestando sua colaboração e habilidades na prospecção e indicação de oportunidades para diversificar a economia, interiorizar os benefícios e promover o desenvolvimento integral sustentável de nossa região.
Empenhadas em espantar as sequelas da recessão, ainda muito presente no cotidiano produtivo, as entidades apostam em detalhar o cardápio de oportunidades, dos indicadores econômicos e dos diagnósticos consistentes. Com informação, inovação, tecnologia, podemos construir um setor produtivo reforçado e dinâmico. Os produtos que compõem proposta da Fipe estão sendo alvo de uma leitura rigorosa, detalhada e coerente com o perfil atual e desejável das empresas do setor que produz e responde pela base econômica, que dá emprego, sustentação à receita pública, no cumprimento de suas atribuições legais. Ou seja, quanto mais sólido e próspero este setor mais resultados socioeconômicos estão assegurados, buscando recuperar, fortalecer a produtividade e competitividade, fatores decisivos na recuperação de emprego, renda e receita pública.
Mutirão institucional
Insistimos, também, que esta articulação integre aos demais atores presentes no Estado, notadamente os organismos federais, as instituições de ensino e pesquisa, relacionadas no amplo desafio de mapear, estudar e explorar racionalmente as oportunidades para diversificar e interiorizar a economia. Vemos com bons olhos a aproximação da UEA com a Ufam, e de ambas, certamente e sem delongas, com todos os que querem e podem contribuir com ações de revitalização da economia do Estado e de sua maior integração com os vizinhos nacionais e fronteiriços.
Lembramos, ainda, que a recente condenação por parte da OMC dos incentivos dados pelo Brasil a indústria automotiva e eletroeletrônica do Sudeste – isentando a economia do Amazonas – pode significar a migração para Manaus de significativos empreendimentos, o que remete a uma qualificação em C&T no Estado e uma base de informação econômica, mapeamento de atividades e oportunidades que estes novos cenários possam, eventualmente, desenhar.
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected] |
Comentários