Na sequência de uma seca sem precedentes que assola o Amazonas, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, classificou a situação como de “impacto ambiental tremendo e assustador”. A alarmante avaliação foi feita após uma reunião interministerial ocorrida na Inglaterra capital do país, onde medidas emergenciais foram discutidas para apoiar as famílias afetadas.
Durante sua fala, Silva salientou os esforços envidados para combater a alarmante mortandade de botos na região. Relatos recentes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, indicam que cerca de 110 desses animais já pereceram nas proximidades de Tefé, situada no Médio Solimões. A ministra explicou: “Os botos estão sofrendo não apenas devido à estiagem, mas também em função das embarcações que persistem em navegar por trechos de rios que agora têm baixos níveis de água, causando ferimentos nesses animais.”
Em resposta a esta crise, uma comitiva federal, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, planeja visitar Manaus na quarta-feira, 4. Outros membros do governo que se juntarão a esta missão incluem os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), José Múcio (Defesa) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). A decisão de fazer esta visita foi impulsionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, recuperando-se de uma recente cirurgia, não poderá estar presente.
O vice-presidente Alckmin abordou a urgência da situação, afirmando: “As necessidades mais imediatas são água, alimento e combustível. Os municípios estão atualmente submetendo seus planos de ação ao Ministério de Integração Nacional. Não pouparemos recursos para atender à população”.
Um levantamento recente da Defesa Civil do Amazonas trouxe à luz a extensão da crise: de 62 municípios, 24 declararam situação de emergência.
A seca já impactou cerca de 200 mil pessoas e 50 mil famílias. Ambos os governos, estadual e federal, uniram-se para formar uma força-tarefa, buscando evitar o desabastecimento de água e comida para aproximadamente 500 mil habitantes nas regiões mais atingidas.
*Com informações Revista Cenarium
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