A missão humanitária tem como objetivo evitar com que os incêndios na Bolívia atinjam o Pantanal brasileiro
Os incêndios florestais na faixa de fronteira com a Bolívia serão combatidos com a ajuda de uma equipe composta por 62 bombeiros do Brasil. O objetivo da missão humanitária é, além de ajudar a Bolívia no combate ao fogo em seu território, evitar com que os novos focos atinjam o Pantanal brasileiro, de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Para isso, serão enviados 37 agentes militares da Força Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), e 25 agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), estão previstos sobrevoos e análises de mapas de satélites para identificar focos de incêndio na fronteira da Bolívia com os estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.
Na última quinta-feira (5), uma parte da equipe já começou com a atuação, após um escalão avançado ter viajado para a Bolívia. Com isso, a previsão é de que um comando conjunto baseado na cidade de San Ignacio de Velasco, no departamento de Santa Cruz, seja enviado a cerca de 315 quilômetros da fronteira com o Brasil. De acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), a previsão é que a equipe brasileira permaneça no país vizinho até o dia 17 de setembro.
Situação dos incêndios na Bolívia
Segundo informações do Estadão Conteúdo e publicado no UOL, os incêndios na região se intensificaram em julho, e em 12 de agosto, o governo da Bolívia pediu ajuda. Além do Itamaraty, a missão é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
De janeiro a 7 de setembro, o Pantanal no Brasil registrou 9.665 focos de incêndio, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Já, a Bolívia contabilizou cerca de 56,6 mil focos de queimadas, o maior índice para esse intervalo de tempo nos últimos 13 anos, conforme o Inpe.
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