Governadores de nove estados da Amazônia Legal lançaram na última 6a feira (16/7) o Plano de Recuperação Verde (PRV), com o objetivo de levantar R$ 1,5 bilhão em recursos internacionais para financiar projetos de desenvolvimento sustentável e de combate ao desmatamento. O plano é visto como uma ação complementar e independente do governo federal, hoje isolado no exterior por conta das suas políticas antiambientais.
Uma parte dos recursos previstos pelo plano viria do Fundo Amazônia, congelado desde 2019 por divergências entre o ex-ministro Salles e os países doadores, Alemanha e Noruega, acerca de sua governança. Para tanto, será necessário destravar as conversas diplomáticas entre os países, o que pode ser facilitado com a saída de Salles do ministério do meio ambiente. Salles é tido como o principal responsável pelas desavenças políticas em torno do Fundo Amazônia.
Segundo o Valor, o coordenador do grupo de governadores, o maranhense Flávio Dino, espera ter estes recursos liberados ainda neste semestre.
Outra parte do dinheiro para o plano viria da Coalizão Leaf, uma iniciativa internacional encabeçada pelos governos dos EUA, Reino Unido e Noruega para o financiamento de projetos de conservação florestal. O plano é estruturado em quatro eixos: combate ao desmatamento ilegal; desenvolvimento produtivo sustentável; investimentos em tecnologias verdes e capacitação; e infraestrutura verde. Nestas frentes, estão previstas ações como reforço à fiscalização ambiental, apoio à piscicultura de espécies nativas, incentivos e controle da pecuária, fomento ao extrativismo e investimento em saneamento básico.
O plano dos governadores para a Amazônia teve importante repercussão na imprensa, com destaques na CNN Brasil, Correio Braziliense, Estadão, Folha, Metrópoles, Poder360, Reuters e Valor.
Fonte: ClimaInfo
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