“E a Amazônia não é o fim do mundo. É o ponto de partida de um novo modelo de civilização industrial — mais limpo, mais inteligente e mais justo. E o setor eletroeletrônico está pronto para liderar essa jornada”
O futuro da indústria eletroeletrônica do Polo Industrial de Manaus começa a ser construído agora — com os pés firmes no chão de fábrica e o olhar voltado para a inovação, a formação técnica e o fortalecimento da nossa base produtiva. O workshop promovido pelo Senai Amazonas, sob a liderança da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), foi mais do que um encontro: foi uma convocação coletiva para pensar, propor e agir em favor de um novo ciclo de desenvolvimento para o setor.
O SINAEES-AM participou ativamente desse movimento com o propósito de reafirmar seu papel como agente de coesão e transformação. Nossa agenda está voltada à integração entre indústria, ensino e governo — porque é dessa sinergia que nasce a competitividade, a produtividade e, sobretudo, a sustentabilidade do modelo Zona Franca de Manaus.
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Educação e tecnologia: o eixo da competitividade
A reindustrialização da Amazônia não se fará apenas com incentivos, mas com inteligência. O novo ciclo de crescimento do Polo depende de uma estratégia firme de formação técnica, de fortalecimento do Senai como braço tecnológico da indústria e de investimentos em inovação aplicada.
Estamos construindo, em conjunto com Senai e apoio da FIEAM e as empresas do setor, uma política permanente de qualificação que forme profissionais preparados para a Indústria 4.0 e para a economia verde. A transição energética, a digitalização de processos e a automação produtiva já estão no centro das discussões que moldarão o trabalho e a competitividade na próxima década.

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Inovação como linguagem universal
O mundo celebra hoje a conquista científica de Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi, vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2025, pelo desenvolvimento dos metal-organic frameworks (MOFs) — materiais com estruturas internas capazes de capturar dióxido de carbono, armazenar hidrogênio e purificar água.
Esses avanços são conquistas extraordinárias da ciência e são também sinais de uma nova era industrial que alia tecnologia, sustentabilidade e propósito. Os MOFs, verdadeiras “esponjas atômicas”, simbolizam o tipo de inovação que o Polo Industrial de Manaus pode e deve incorporar — soluções que unem eficiência energética, mitigação de carbono e desenvolvimento de novos produtos para uma economia de baixo impacto ambiental.
É nesse horizonte que o SINAEES-AM se posiciona: conectando a Amazônia ao circuito global da inovação científica, com parcerias estratégicas, programas de P&D e estímulo à industrialização limpa.
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Amazônia como referência de soberania tecnológica
O Polo Industrial de Manaus é a maior plataforma de tecnologia da Amazônia. Sob a gestão Bosco Saraiva, a Suframa tem avançado na Indústria 4.0 com seu Programa Prioritário de inovação tecnológica conectado às novas linhas de produção.
É o futuro passando por um novo entendimento: produzir aqui é defender a floresta, gerar emprego qualificado e contribuir para a soberania nacional. A indústria eletroeletrônica tem papel estratégico nesse processo, seja na digitalização da Amazônia, na produção de equipamentos inteligentes, ou no desenvolvimento de tecnologias limpas e sustentáveis.
O SINAEES-AM vem se reposicionando para representar esse novo tempo — um tempo em que competitividade e responsabilidade ambiental caminham juntas. Nossa missão é fortalecer o setor, promover alianças estratégicas e ampliar a interlocução com governos e instituições científicas para consolidar um novo pacto produtivo amazônico.

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Com unidade e propósito
O workshop do Senai Amazonas deixou claro que o futuro da indústria se constrói com diálogo, cooperação e visão de longo prazo. O SINAEES-AM seguirá comprometido em liderar esse movimento, articulando empresas, entidades e trabalhadores em torno de uma meta comum: transformar o Polo Industrial de Manaus em uma referência mundial de tecnologia sustentável e desenvolvimento humano.
E a Amazônia não é o fim do mundo. É o ponto de partida de um novo modelo de civilização industrial — mais limpo, mais inteligente e mais justo. E o setor eletroeletrônico está pronto para liderar essa jornada.