Casa sustentável em Manaus preserva mata nativa com arquitetura inovadora 

Com técnicas de baixo impacto e ventilação cruzada, casa sustentável em Manaus transforma dois lotes em refúgio integrado à mata e adaptado ao clima amazônico.

Localizada na zona oeste da capital amazonense, ao lado de uma área de proteção ambiental, a Casa Pupunha é um exemplo notável de casa sustentável em Manaus, integrando conforto, eficiência e respeito à floresta. Projetada pelo escritório de arquitetura Laurent Troost Architectures, a residência foi concebida para preservar a vegetação nativa e adotar soluções de baixo impacto ambiental.

Casa Pupunha, casa sustentável em Manaus de frente para mata nativa.
Foto: Joana França.

O projeto ocupa dois terrenos de 250 m² e adota o conceito de “casa-ponte”: um volume metálico trapezoidal apoiado sobre dois blocos laterais de concreto armado, que concentram as áreas técnicas e molhadas. Essa estrutura libera o centro do térreo, criando um espaço amplo, ventilado e conectado ao entorno, uma marca da arquitetura da casa sustentável em Manaus, adaptada ao clima quente e úmido da região.

Imagem da piscina da casa sustentável em Manaus, de frente para a floresta local.
Foto: Joana França.

A palmeira pupunha que dá nome à casa foi mantida no centro do lote e incorporada ao paisagismo, junto a outras espécies frutíferas e trepadeiras. Na entrada, um espelho d’água marca a transição entre o espaço público e o privado. Mesmo sem muros frontais, o projeto garante privacidade por meio de elementos verticais e vegetação estratégica.

Casa sustentável em Manaus.
Foto: Joana França.

As áreas sociais, de serviço e lazer se concentram no pavimento térreo, totalmente integradas ao jardim e à mata ao fundo. No pavimento superior, um beiral inclinado protege os quartos da insolação e reforça a privacidade. Uma parede flutuante de tijolos cerâmicos artesanais funciona como brise, filtrando a luz e permitindo ventilação constante.

A cobertura em duas águas melhora o desempenho térmico e abriga painéis solares, reservatório de água e sistema de captação de chuva. A obra evitou terraplenagem, respeitando o relevo original e utilizando materiais locais, como tijolos fabricados na região e tintas em tons que remetem à palmeira pupunha.

Pensada inicialmente como casa de fim de semana, a residência se transformou também em espaço de trabalho remoto, refletindo novas formas de morar e a busca por uma vida mais integrada à natureza. A Casa Pupunha se consolida como referência de casa sustentável em Manaus, mostrando que é possível unir inovação, estética e responsabilidade ambiental.

Imagem do interior da casa sustentável em Manaus.
Foto: Joana França.

Bruna Akamatsu
Bruna Akamatsu
Bruna Akamatsu é jornalista e mestre em Comunicação. Especialista em jornalismo digital, com experiência em temas relacionados à economia, política e cultura. Atualmente, produz matérias sobre meio ambiente, ciência e desenvolvimento sustentável no portal Brasil Amazônia Agora.

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