Empreendedora de Roraima usa cera de abelha para criar peças artesanais e conquistar novos mercados

Jadiça Iris Alves roduz velas, porta joias, brincos, ímã de geladeiras, dentre outros produtos, a partir de cera de abelha obtida de cooperativa do estado

Há mais de duas décadas, a artesã Jadiça Iris Alves transformou a cera de abelha italiana em um meio de vida e expressão criativa em Boa Vista, Roraima. Fundadora do “Império do Mel”, Jadiça se destacou pelo uso desse material natural para a produção de flores, bijuterias, licores e outros itens artesanais. O empreendimento não apenas garante sua renda mensal, mas também desempenha um papel de superação do luto após a perda do marido.

Com um ateliê montado em sua própria residência, os produtos da artesã conquistaram clientes além de Roraima, alcançando também mercados nos estados do Nordeste, como Pernambuco e Maranhão. Jadiça produz velas, porta joias, brincos, ímã de geladeiras, dentre outros produtos, a partir de cera de abelha obtida de cooperativa do estado.

Arranjos feitos pela artesã Jadiça Iris Alves, em Boa Vista.
Arranjos feitos pela artesã Jadiça Iris Alves, em Boa Vista. Foto: Carlos Barroco/Rede Amazônica RR

“Tem os vasos decorados, tem os arranjos e tem também o licor de mel que eu faço, de sete ervas, gostam muito”, conta Jadiça em entrevista ao Portal da Amazônia, explicando como é o processo criativo das peças.

Mulheres no empreendedorismo sustentável

A artesã, assim como muitas mulheres empreendedoras, enfrenta algumas dificuldades para formalização do seu negócio. Pensando nisso, iniciativas em Roraima como o Sebrae Delas já promovem capacitações, mentorias e ações voltadas a fortalecer o empreendedorismo feminino. O programa busca não apenas inserir mais mulheres no ambiente de negócios formal, mas também incentivá-las a prosperar de forma sustentável e contribuir para a economia local.

Jadiça no ateliê com as peças que produz a partir da cera de abelha.
Jadiça no ateliê com as peças que produz a partir da cera de abelha. Foto: Carlos Barroco/Rede Amazônica RR

“É exclusivo para mulheres. Nós incentivamos o empreendedorismo feminino com mulheres já formalizadas e também com mulheres que já empreendem mas ainda não têm seu negócio formalizado. É um projeto que vem pra trazer capacitação, consultorias, acesso ao mercado, feiras e muitas outras soluções do empreendedorismo para essas mulheres”, explicou Kamyla Brasil, Gestora do projeto Sebrae Delas.

Isadora Noronha Pereira
Isadora Noronha Pereira
Jornalista e estudante de Publicidade com experiência em revista impressa e portais digitais. Atualmente, escreve notícias sobre temas diversos ligados ao meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no Brasil Amazônia Agora.

Artigos Relacionados

Congresso derruba veto e mantém benefícios a pequenos geradores de energia renovável por mais 20 anos

A nova lei estabelece diretrizes para a geração offshore (em alto mar) no Brasil, incentivando o uso de fonte de energia renovável, como a eólica e a solar. 

Greenwashing, ESG e a Amazônia Industrial: hora de liderar com integridade

"A Amazônia Industrial não pode mais ser refém do silêncio ou...

Economia regenerativa: um novo caminho para o Amazonas

"61 municípios do interior do Amazonas poderão ter como...

Veneno que cura? Toxina de escorpião da Amazônia combate células do câncer de mama

O estudo identificou na toxina do escorpião da Amazônia uma molécula com ação eficaz contra células de câncer de mama, apresentando resultados comparáveis aos de um quimioterápico tradicional.

Estudante brasileiro cria produto biodegradável para substituir isopor com resíduos de mandioca e araucária

As novas bandejas feitas com resíduos de mandioca se destacam por sua rápida degradação: levam apenas um mês para desaparecer completamente na natureza