Missão Artemis 1 pode quebrar recorde da Apollo 13; saiba como acompanhar

Espaçonave Orion voará acima da superfície da Lua, chegando 48 mil km mais longe do que a marca anterior alcançada pela missão lunar lançada em 11 de abril de 1970

Marcada para ocorrer neste sábado (3), a missão Artemis 1, da Nasa, será uma jornada e tanto até a órbita lunar. Apesar de não ser tripulada, a empreitada promete quebrar o recorde de distância da Apollo 13, de 1970, indo mais longe do que qualquer outra espaçonave construída para transportar humanos.

A Artemis 1 será a primeira a testar conjuntamente a espaçonave Orion, o foguete Space Launch System (SLS) e os sistemas terrestres no Kennedy Space Center, no estado norte-americano da Flórida. A iniciativa pioneira entre as missões do Programa Artemis de exploração lunar fornecerá uma base para a exploração humana do espaço profundo.

A espaçonave Orion será lançada no topo do SLS, o foguete mais poderoso do mundo. A nave permanecerá no espaço por mais tempo do que qualquer outra sem atracar em uma estação espacial, retornando para casa mais rápido do que nunca: a 40 mil km/h.

Por fim, a missão pousará no Oceano Pacífico, na costa de San Diego, no estado norte-americano da Califórnia, com pouso previsto para 10 de outubro de 2022, segundo a Nasa. 

Recorde lunar

A Artemis 1 deve durar, ao todo, 42 dias, 3 horas e 20 minutos. Durante a ida à Lua, os engenheiros da missão avaliarão os sistemas da espaçonave Orion. A cápsula voará a cerca de 97 km acima da superfície lunar em sua maior aproximação.

Em seguida, Orion usará a própria força gravitacional do satélite para ser impulsionada em uma órbita retrógrada distante, viajando cerca de 64 mil km além da Lua. Essa distância é aproximadamente 48 mil km mais longe do que o recorde estabelecido pela Apollo 13, lançada em 11 de abril de 1970.

A empreitada anterior seria a terceira tentativa de pouso lunar, mas a Apollo 13 foi cancelada após a ruptura do tanque de oxigênio do módulo de serviço. Uma explosão a bordo forçou a missão a circundar a Lua sem pousar.

Ainda assim, a Nasa afirma que a situação foi considerada um “fracasso bem-sucedido” devido à experiência adquirida no resgate da tripulação. O episódio ficou famoso pela frase “Houston, we’ve had a problem” (“Houston, tivemos um problema”, em tradução livre), dita pelo astronauta John “Jack” Swigert para avisar a equipe baseada em Houston, no Texas, dos problemas detectados.

Acompanhe a Artemis I

Será possível acompanhar em tempo real o percurso da nova missão ao redor da Lua, usando o Artemis Real-time Orbit Website (AROW) ou conferindo as atualizações no perfil @NASA_Orion, no Twitter.

O AROW visualiza os dados coletados por sensores na nave Orion e enviados ao Centro de Controle da Missão no Centro Espacial Johnson, em Houston. O fornecimento de informações começa cerca de um minuto após a decolagem, que ocorre por meio da separação do foguete SLS. Assim que a espaçonave estiver voando sozinha, o sistema trará mais dados constantes em tempo real.

A novidade também fornece um conjunto de vetores que descrevem precisamente onde Orion está no espaço e como se move. Também estarão disponíveis para download os dados de trajetória do voo, chamados de efemérides.

Originalmente publicado por: GALILEU


Redação BAA
Redação BAA
Redação do portal BrasilAmazôniaAgora

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