Em entrevista à revista FIEM/Notícias, Amauri Blanco, presidente do Sindicato das Indústrias de Meios Magnéticos e Fotográficos do Estado do Amazonas, e decano da direção geral do CIEAM, fez um alerta geral e um convite para planejar e ordenar o futuro da Zona Franca de Manaus, a partir de sua experiência empresarial num segmento que foi bombardeando pela pirataria e pela velocidade da comunicação digital e instantânea, com a chegada da internet. “Temos que estar atentos à velocidade das mudanças trazidas com a evolução tecnológica bem como assegurar que os investimentos tenham seu marco regulatório, sua segurança jurídica”. Ele diz que só assim vamos segurar e atrair os investimentos. E aleta para a importância de aprendermos com nossos erros, os riscos de acomodação e conformismo. Fala ainda sobre a necessidade de estarmos coesos para exigir do governo as medidas de contenção da crise neste momento difícil, um dos mais preocupantes dos últimos anos, e que exige medidas imediatas. Amauri convida a todos para olhar com atenção as oportunidades da biodiversidade, os negócios que a floresta oferece de modo sustentável, que a biotecnologia poderá transformar em negócios rentáveis. Ele dá exemplo da indústria cosmética, dos nutracêuticos, os segredos da juventude que tanto a humanidade procura e a floresta oferece em profusão, além dos serviços ambientais. Diversificação é a palavra de ordem para o modelo, sua sobrevivência e adensamento. Amauri se refere não apenas ao segmento de mídias e fotografia. Para que se mantenha a produção no Polo Industrial de Manaus temos que olhar o mercado, entender a velocidade da mudança, com pesquisa, desenvolvimento e inovação, adaptar a rotina produtiva à intensa mutação das demandas e dos padrões vigentes.
Novas mídias, novos tempos
No setor de produção de mídias, Amauri Blanco defende a estratégia de incrementar com soluções alternativas as atividades cotidianas, para superar, de um lado, a concorrência desleal da pirataria, e, de outro, o avanço tecnológico das mídias digitais. “No final da década de 1990 e início dos anos 2000, o segmento contava, no Polo, com mais de dez empresas de pequeno, médio e grande porte que atendiam à demanda do mercado nacional para mídias ópticas, incluindo conteúdos gravados, como filmes, séries e documentários, CDs, DVDs e Blu-Ray, e materiais fotográficos, como filmes comuns, filmes para artes gráficas, raio-x e microfilmagem”. Nos debates com seus pares, em torno dos desafios da indústria e da economia local, Amauri defende a busca do adensamento e da diversificação industrial, a adoção das fibras e resinas regionais, os extratos vegetais, as novas modelagens da microeletrônica na evolução molecular, aproveitando os avanços que as ciências biológicas e a biotecnologia podem oferecer. Para tanto, advoga a aproximação do setor produtivo com a academia e com instituições de pesquisa, locais, nacionais e internacionais, para fazer da investigação, a inovação e o desenvolvimento tecnológico, consolidar e perenizar o modelo ZFM.
Comunicação institucional
Decididamente os recursos da informática, com o advento das redes sociais, deram um impulso extraordinário para a comunicação institucional. A velocidade, a diversidade de destinatários e a transparência dos conteúdos criaram um novo patamar de interação entre todos os atores sociais. As empresas, as entidades de classe, as grandes corporações dedicam o melhor dos seus esforços para transmitir conteúdo com eficiência buscando otimizar resultados junto a seus clientes ou associados. Conceitos clássicos de comunicação se reformulam e se revigoram com abordagens vanguardistas de investigação multidisciplinar para compreender este fenômeno. Trata-se de definir o novo e resolver o enigma do melhor caminho da comunicação institucional diante de tantas e surpreendentes constatações da mudança trazidas e expressas pelas chamadas redes sociais. Conceitos como simultaneidade operativa, multidisciplinaridade relacional, visão holística desafiam as avaliações corporativas, que se curvam diante dos estonteantes resultados institucionais com a adoção do Facebook, Twitter, Linkedin, Youtube entre outros. Na última semana de outubro, após uma entrevista do presidente Wilson Périco no noticiário Bom Dia Amazônia, sobre os problemas emergenciais que as empresas do polo industrial estão experimentando – conta-nos a jornalista Márcia Barroso, da assessoria de imprensa do CIEAM – foi postado o link da entrevista na fanpage do CIEAM. Em pouco mais de 24hs o resultado foi surpreendente. O acesso de 4 mil pessoas para visualizar a entrevista cumpriu um resultado que apenas instituições com poder de fogo publicitário conseguem emplacar.
No caminho certo
A propósito, lembra Marcia Barroso, as respostas que são postadas no Facebook com relação aos pleitos do Cieam em defesa do modelo ZFM são sempre positivas, mostrando não apenas a eficácia do veículo, como a postura aguerrida e destemida da entidade. E isso pode ser observado e confirmado no desempenho publicitário e institucional que a postagem e a repercussão da entrevista representaram. “Se levarmos em conta que a fanpage do Cieam tem 707 seguidores e teve mais de 4 mil visualizações isso é extremamente positivo para uma entidade de classe. E raro também. Mas não é impossível”. Cabe lembrar que é possível bombar a aparição com a opção “patrocinado”, que não foi o caso. O acesso foi tecnicamente “natural”. Quem acompanha o desempenho desta comunicação institucional, já observa que os seguidores aderem, ou acolhem através de comentários, com as posições do CIEAM, através das entrevistas e artigos do presidente Wilson Perico, e se sentem “à vontade” com a linguagem, simples, firme e direta na defesa da ZFM, de algum modo, se sentem próximos a ele. “Algumas pessoas próximas a mim e que trabalham na indústria já comentaram abertamente que o dirigente do CIEAM tem um perfil de ser/parecer mais “acessível”, e falar a linguagem geral, na defesa do modelo ZFM, reafirma Marcia Barroso.
Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected]
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