Um dos possíveis principais fatores para a queda da avaliação positiva do governo Lula tem sido a inflação dos alimentos tem sido um problema. Ministros tem corrido atrás de soluções enquanto alertam que as mudanças climáticas, associada a outros fatores, impactaram nas altas dos preços.
O governo do presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), aponta as mudanças climáticas como responsáveis pelo aumento dos preços dos alimentos, contribuindo assim para a elevação da inflação. A expectativa é que haja uma redução desses preços até o mês de abril.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação no Brasil, registrou uma taxa de 0,83% em fevereiro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, a inflação atingiu 1,25%. Notou-se um incremento particularmente no segmento de alimentos e bebidas, que apresentou uma variação de 0,95%, sendo a alimentação residencial, com um aumento de 1,12%, a maior preocupação para o governo Lula.
O presidente Lula realizou uma reunião com ministros envolvidos com o setor agrícola, buscando alternativas para promover a redução dos preços dos alimentos. De acordo com Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, já se observa uma diminuição nos preços ao nível dos produtores, o que deverá em breve refletir-se nos preços ao consumidor final.
Veja alguns exemplos de preços que subiram mais de 10% este ano:
- Cenoura: 56,99%
- Batata-inglesa: 38,24%
- Banana prata: 17,45%
- Feijão carioca: 15,27%
- Feijão preto: 11,95%
- Arroz: 10,32%
Causas climáticas no impacto nos Alimentos Básicos
“O que determina que esse aumento ocorreu em função de questões climáticas, que foram muito importantes no Brasil, todo mundo assistiu o excesso, a alta temperatura no Centro-Oeste, as chuvas ocorridas no Sul do Brasil, enfim, foi um aumento sazonal, a tendência agora é diminuir.”
Ministro Paulo Teixeira, sobre a alta dos preços
Os alimentos básicos, como cebola, batata-inglesa, frutas, arroz e leite longa vida, figuraram entre os itens com maior aumento de preços em fevereiro. Enquanto a alimentação no domicílio sofreu com esses aumentos significativos, a alimentação fora de casa registrou uma alta mais moderada.
Perspectiva do Ministério da Agricultura
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou as enchentes no Rio Grande do Sul, região que responde por cerca de 85% da produção de arroz no país, como um exemplo do impacto das mudanças climáticas na instabilidade dos preços.
A expectativa é que o consumidor comece a perceber uma redução nos preços até abril, refletindo a queda de 10% já observada pelos produtores locais.
Os ministros se comprometeram a adotar medidas que incentivem a produção agrícola, acelerando a redução dos preços. Carlos Fávaro mencionou o Plano Safra e sugeriu a diversificação da produção agrícola como uma estratégia para reduzir a dependência de condições climáticas adversas.
“O alimento que chega à mesa do produtor, o arroz, o feijão, o pão, o macarrão, que vêm do trigo, que vêm da mandioca, tudo isso precisa de estímulo.”
Carlos Fávaro, ministro da Agricultura
Com informações do Uol
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