O vice-presidente Geraldo Alckmin, acompanhado de ministros, visitou a Amazônia afetada pela seca. Ele anunciou ações emergenciais, incluindo obras de dragagem, antecipação do Bolsa Família e suporte na saúde e no abastecimento.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, realizou uma visita crucial à Amazônia, onde a estiagem tem causado sérios problemas. Acompanhado por uma comitiva de ministros, Alckmin chegou a Manaus na manhã desta quarta-feira e participou de reuniões cruciais com autoridades, empresários e representantes das comunidades locais.
Durante uma entrevista coletiva, Alckmin assegurou: “Não faltarão recursos [do governo federal]. Quem tiver necessidade vai encaminhando pra gente poder, dentro da lei, liberar os recursos o mais rápido possível e atender a população.” Uma de suas visitas incluiu a comunidade de Catalão, na região do município de Iranduba, região metropolitana de Manaus.
Impacto da seca na Amazônia
Cerca de 500 mil pessoas nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia estão sofrendo com a seca extrema. No Amazonas, quase 60 municípios declararam estado de emergência. A viagem de Alckmin foi realizada a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de uma cirurgia em Brasília.
Medidas emergenciais anunciadas
Dentro das medidas anunciadas pelo vice-presidente em nome do governo federal, estão duas obras de dragagem cruciais. Uma será realizada no Rio Solimões, entre os municípios de Benjamin Constant e Tabatinga, e a outra no Rio Madeira, ambos no Amazonas. O objetivo é restaurar a capacidade de navegação dessas importantes vias fluviais, essenciais para o transporte e escoamento de mercadorias e pessoas.
A primeira obra, no Rio Solimões, com 8 quilômetros de extensão, terá duração de 30 dias e custo de R$ 38 milhões. A ordem de serviço já foi assinada, e os trabalhos começarão em breve. A segunda obra, com 12 quilômetros de extensão, ainda será contratada pelo Ministério dos Portos e Aeroportos e terá uma duração estimada de 45 a 60 dias, com um custo total de R$ 100 milhões.
Apoio financeiro e social
Nos municípios em estado de emergência, o governo federal adiantará o pagamento do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para o dia 19 do próximo mês. Os agricultores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que sofreram perdas na produção também receberão o pagamento do seguro integral.
O governo está avaliando a possibilidade de liberar o seguro-defeso para pescadores que foram afetados. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas enviará 191 brigadistas para auxiliar na contenção de incêndios.
O Ministério de Minas e Energia informou que ações preventivas realizadas meses atrás permitiram estocar óleo diesel na região, garantindo o abastecimento de 169 setores isolados no Amazonas pelos próximos 30 dias.
Apoio à saúde e profissionais médicos
No âmbito da saúde, o governo federal enviará kits de medicamentos para os municípios afetados. Cada kit, enviado pelo Ministério da Saúde, tem a capacidade de atender até 15 mil pessoas. O levantamento das necessidades será realizado pelas prefeituras. Adicionalmente, 240 profissionais do programa Mais Médicos foram enviados para Manaus, e outros 540 serão distribuídos pelo interior do Amazonas e outras localidades na Região Norte.
Com informações Agência Brasil
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